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domingo, 27 de novembro de 2011

La Femme Nikita: Mercy


"Os únicos pecados que eu cometi na vida foram em nome da Seção. Sou culpada apenas de não tomar conta do meu próprio destino. Minha falsa certidão de óbito diz que morri na prisão. No fim, essa afirmação se tornou verdadeira." - carta de suicídio de Nikita

Para quem quer saber sobre a série La Femme Nikita: La Femme Nikita.
Postagem anterior: La Femme Nikita: Voices
Mercy é o episódio 22  e o último da primeira temporada (01x22) de La Femme Nikita. E eu gosto tanto desse episódio que talvez o meu preferido. E se considerar o quanto eu gosto da série, isso não é pouca coisa. Mas o que há de tão bom nele? Quase tudo, ele é perfeito em fechar a primeira temporada da série, de forma condizente com toda a temporada, focando e aprofundando os seus personagens, principalmente Nikita, de forma quase lírica e pungente. È onde os sentimentos chegam ao seu ápice, e conversas sinceras são mostradas.
Investigando o terrorista, Tyler. A seção acaba descobrindo o brilhante inventor Stanley Shays, um jovem que sozinho descobriu um poderoso explosivo que não pode ser detectado. Nikita acaba se afeiçoando a Stanley, e quando esse é capturado por Tyler, a seção manda matá-lo para ele não passar informações ao terrorista. Mas Nikita, não consegue fazer isso, e  coloca a  organização e a si mesma na corda bamba. 
É um episódio sobre a compaixão (como diz o título), esse sentimento que sempre esteve presente em Nikita, sendo considerado um defeito pela Seção 1, e que realmente foi nesse episódio. È como ela diz a Michael onde os outros agente vêem alvos, ela vê carne e osso. E isso não pode ser mudado. E de resto há tanta verdade nele, falas  maravilhosas, muitos sentimentos. E  claro, cenas interesantes. ( O roteiro é muito bom, com tudo se encaixando, e ótimos paralelos).
Logo no início, acontece uma cena que gosto muito (até meu vídeo no youtube tem ela ). Onde Nikita e Michael dançam em uma missão, e ela ao perceber que o trabalho tinha finalizado, pergunta a ele, se já podiam parar. E ele responde " After this dance (depois dessa dança)". Pela primeira vez, Miichael dá uma abertura a Nikita, sem segundas intenções, é a indicação de que eles poderiam ter algo no futuro. Tão inusitado. 
Depois a trama se concentra em Stanley, ao meu ver o erro do episódio, seria ter deixado o inventor sem a vigilância da organização. Pareceu uma atitude imprudente, não típica de Operations e Madeline. Mas, no fim, isso serviu para aumentar o nível da história. Pois os minutos finais  são maravilhosos. E tudo acontece depois que  Nikita não consegue matar Shays, e se depara com verdade de que ela não conseguiria mais fazer seu trabalho em determinadas situações.
Nikita conversa com Madeline. E a psicóloga conta a verdade, de que a agente nunca seria livre. Sem amigos, sem entender direito o seu relacionamento com Michael e sem chances de realizar o seu sonho, Nikita não vê mais razões para viver. Ela escreve uma carta de suicídio, algo simples e direto, mas de grande força emocional, seria uma morte em busca da liberdade. Entretanto Michael aparece, e eles conversam, algo bem verdadeiro. Michael não pode mais protegê-la, e sem isso a vida de Nikita está por um fio. Ele meio que pede para ela mudar, mas verdade é que ela não se importa mais. Não quer viver daquele jeito.
 A interação seguinte dos dois também é crítica. Michael vai comandar uma operação suicida. Ao ver Nikita andando no corredor, o olhar dele diz tudo. Não pode acreditar, é cheio de dor, e espanto. Adoro os olhares do Michael! Mas ele não diz nada a ela. Antes de partir para a ação, ele lhe passa um aparelho e se despede velamente. Pouco antes do prédio explodir, Michael a avisa do teor da missão. Ela pode ir embora, está livre. Ele lhe dá a tão sonhada liberdade. No furgão, Walter se revolta, Birkoff parece desolado, e Michael entorpecido como se estivesse em outra realidade. Na organização, Operations tenta consolar Michael ( que continua entorpecido), até Madeline parece triste. E os dois chegam a convesar se o agente consiguirá se recuperar. Michael, sem saber se Nikita sobreviveu, envia uma mensagem à ela. Ela está em um trem, olha a lua e não responde. A Lua no céu é a imagem da  sua liberdade. É tudo tão poético.
Eu simplesmente adoro esse final. Perfeito, pungente, e com um excelente gancho para a próxima temporada. E ao mesmo tempo, seria um bom final para série. E de certa forma, ainda segue a mesma ideia do filme, com Nikita fugindo, fechando o ciclo onde série se baseiou na história de Luc Bensson. Para frente, tudo deveria ser inteiramente novo.
Há algumas curiosidades, achei interessante a placa do carro que leva Nikita na sua missão suicida, 666 FRK. O carro do demo hein? Hahaha. Outro detalhe é que havia uma cena (que foi cortada) entre a conversa de Madeline e a tentativa de suicídio de Nikita. Ela iria a um parque, onde veria crianças brincarem e uma mãe perguntaria se ela tem filhos, sendo isso o maior laço que alguém poderia ter. Outra coisa é que a cena final foi modificada. Ela aconteceria da seguinte forma, Michael estaria na rua e veria uma mulher loira entrar em um carro, pensando ser Nikita, ela se aproximaria e notaria ser outra pessoa. Triste, olharia para a Lua. Então Nikita apareceria em um barco, e também olharia a mesma Lua. Por ser considerada romântica demais, e por causa do custo em  se filmar num barco essa cena foi modificado. De qualquer forma,  acredito que a cena final continuou romântica.
Emocionante, verdadeiro, romântico. Esse episódio está em um nível maoir de La Femme Nikita, uma série em que o nível dos episódios  e da história já eram excelentes. Não sei mais o que dizer, ele é maravilho, é o meu favorito, e deveria ser obrigatório para quem viu pelo menos um episódio da série.
Próxima postagem: La Femme Nikita: Hard Landing.

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