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domingo, 30 de outubro de 2011

Ela e a lágrima de sangue

Toda a verdade havia sido revelada na organização. Ela estava infiltrada. Durante algum tempo, ela estava avaliando os agentes de lá. Aquilo soava como uma traição, mas não era exatamente isso. Como ela não podia sair de lá, queria que fosse um lugar melhor. Até ele, ela avaliou e enganou algumas vezes. Ele era um risco por causa dela. Ele havia provado o quando ela era importante, abandonou tudo por ela, deixou para trás as suas ambições, colocou-se em risco e foi embora quando ela pediu. Aquilo não era justo! A situação havia se invertido. Quantas vezes, ele a havia enganado e jogado com ela? Quantas vezes ela teve dúvidas em relação ao que ele sentia? Ao que era mais importante para ele? As suas últimas ações haviam respondido tudo. Ela era o mais importante. Não, não era justo. Ela já havia falado com os outros. E agora tinha que enfrentá-lo, tinha que conversar com ele, condená-lo a morte. Depois de tanto tempo na organização e tantas experiências, ela já conseguia controlar melhor os seus sentimentos. Mas ele continuava sendo o seu ponto fraco, ele ainda conseguia fazê-la se trair. Então, isso era muito duro e ela não poderia demonstrar qualquer sentimento. Conversar com ele, confirmar a sua traição e demonstrar frieza foi uma das coisas mais difíceis que ela fez. Mas tinha que fazer isso e fez. Tudo ocorreu normalmente e ninguém poderia saber o que ela realmente estava tramando. Foi ao lugar da missão "suicida" dele. Derrubou todos os oponentes. Explodiu uma parede e esperou que ele chegasse. Ele chegou, olhou em volta, a viu e percebeu o que havia acontecido. Ela se aproximou dele, tirou o seu colete de explosivos, o jogou no local e eles foram embora. A missão dele seria cumprida e tinha que parecer que ele havia morrido. Pelo menos até ele conseguir fugir. Quando estavam seguros, ela parou, lhe deu um aparelho e disse para  ir embora, estava livre. Ela sempre quis isso, liberdade! E não podia ter, mas ele podia, e ela estava dando isso a ele. Mas ela sabia que esse não era o sonho dele, pelo menos não sozinho. Mesmo assim torceu para ele ir embora dali, e não tentar mais nada. Já estava sendo difícil fazer aquilo, despedir dele e mostrar frieza naquela situação. Mas não, ele fez uma última tentativa. Pediu que ela fosse embora com ele. Mas ela não podia, as coisas não eram tão simples para ela. Ele continuou, queria saber o que ela realmente queria. Tinha que dizer algo para ele ir embora. Ela teria que mentir. Olhando nos belos olhos dele, disse que não o amava, nunca tinha amado. Como foi doloroso deixar aquela mentira sair pela sua boca e não demonstrar nada. Mas ele tinha que acreditar. Pela sua segurança, tinha que acreditar. E foi tão difícil decepcioná-lo. Ele a olhou, pegou seu canivete, fez um pequeno corte abaixo de um olho, e deixou escorrer uma lágrima de sangue no rosto. Esperou uns instantes, lhe devolveu o aparelho e foi embora com o seu orgulho. Ele estava livre, e ela estava sozinha, presa naquela organização. Ela imaginava o quanto seria difícil continuar lá sem ele, mas tinha outras coisas para investigar e sabia que pelo menos ele estava livre e bem.
-------Postagem vinculada: Ele a lágrima de sangue

domingo, 23 de outubro de 2011

La Femme Nikita: Voices

 -Você está descobrindo algo sobre si mesma da qual eu suspeitei por um bocado de tempo. (Madeline)
- É mesmo? E o que é essa coisa? (Nikita)
-Você é uma de nós. (Madeline)
-Eu nunca serei um de vocês.(Nikita)
Para quem quer saber sobre a série La Femme Nikita:La Femme Nikita.
Postagem anterior: La Femme Nikita: Missing
Voices é o décimo nono episódio(1x19) da primeira temporada de La Femme Nikita. O seu principal foco não é a missão da Seção 1, que tem pouquíssima importância e sim a história do detetive intrometido que descobre sobre Nikita.

domingo, 16 de outubro de 2011

Ele e a lágrima de sangue

Ele havia deixado tudo por ela. Abandonou a organização e seus sonhos de poder por causa dela. Viveram grandes momentos juntos, mas foram pegos. E agora ele enfrentava a sua sentença. Ele era o mais eficiente. Mas não podiam mais confiar nele, as suas ações demostravam que ela era mais importante do que tudo. E a agência não aceitava isso. Ele sabia qual seria o seu destino. E ela, logo ela, confirmou o que ele já sabia. Ele ainda conseguiu "escolher" como seria o seu fim, mas a morte eminente não o perturbava, e sim ela. Ela sabia dos planos desde o início. Aquilo teria sido um teste? E quando foi esse início? Desde quando ela havia planejado aquilo? Não, não podia ser. Ela havia selado o destino dele, o mandou para morte. Mas o amor era verdadeiro. Ele sabia, já havia passado por diversas situações com ela. Ele não era ingênuo e reconhecia essas coisas facilmente. Afinal, era um mestre nesse jogo de sedução. Decidido, ele encararia tudo com honra, não choraria pelos cantos. Cumpriria aquela missão que tinha pedido, a última a qual havia sido designado. E iria até o fim, o sucesso seria alcançado com a sua morte. Se ele quisesse não precisaria morrer ali, mas a verdade é que ele não queria, e não faria um plano para evitar o destino para o qual ela o havia mandado. A sua vida não importava e ele iria até o fim. Estava no local com um colete cheio de explosivos. Recebia e passava informações. Matou alguns inimigos e prosseguiu para a posição final. Estava próximo do fim, ativou a bomba que estava em seu corpo. Em pouco tempo iria explodir. Entrou numa sala  e viu que os inimigos estavam caídos. Alguém já havia derrubado todos, e só podia ser ela. Olhou o rastro de homens e a viu. Por instantes, ele não conseguia pensar direito. Ela se aproximou, e retirou o seu colete. O chamou e saiu através de um buraco na parede que ela havia feito. Ele a seguiu. E a sala explodiu. Ela o havia salvado. Eles correram para longe daquele lugar. E ela conversou com ele. Ele queria saber por que ela o tinha salvado. Se havia algo verdadeiro. E a resposta foi imprecisa. Ela lhe deu um aparelho que o ajudaria numa fuga. Mas ele  pediu que ela viesse junto. Ela não podia e ele tirou os óculos dela para olhar em seus olhos.  Queria a verdade, o que ela queria. Mas  ela disse "Eu não te amo. Nunca te amei". Pronto, era aquilo. Parecia verdade, mas será que era mesmo? Eles viveram tanta coisas juntos. Não podia ser. Entretanto ela havia dito olhando em seus olhos. Ele não demorou muito para agir. Não iria chorar, não da maneira convencional, isso não fazia parte da personalidade dele. Ele pegou um canivete e fez um corte abaixo de um de seus olhos. Uma longa lágrima de sangue escorreu pelo seu rosto.  Devolveu o aparelho a ela, e foi embora sozinho sem mais  nenhuma ajuda dela.
-------Postagem vinculada: Ela a lágrima de sangue  

domingo, 9 de outubro de 2011

Batman: O sentido da vida

 "Batman conhece bem o sentido de sua vida ... uma cruzada interminável pela justiça. Uma guerra contra o mal. A vida em si é um dom precioso desperdiçado por muitos... As vezes, a vida é uma série de noites solitárias. "

Quando comecei a ler quadrinhos, tinha 14 anos, comecei por Batman, por causa de suas tramas de detetives. Sempre gostei de suspense e as histórias de Batman soaram perfeitas para mim, pois além da investigação muitas delas tinham personagens profundos e sombrios. O próprio Batman é assim, profundo e sombrio. E não foi necessário nenhuma grande saga ou grande história do personagem (grande na quantidade de página) para que eu entrasse no seu universo. Comecei mesmo pelas revistas mensais, na época publicada pela Abril, Batman e Batman - Vigilantes de Gotham. Algumas dessas revistas continham sagas grandes como Terremoto e Terra de Ninguém, que foram as primeiras grandes com que eu tive contato e quando realmente me tornei fã dos persongens. Mas outras continham histórias separadas e curtas, e algumas eram bem interessantes. Uma história assim ficou na minha cabeça, O sentido da Vida, ela é um marco para mim. É uma das primeiras histórias que eu li, não fazia parte de um grande arco, mas mesmo assim ,ela ainda está em minha cabeça. Era uma história a parte, com cerca de apenas 20 páginas e que foi publicada na revista Batman- Vigilantes de Gotham #32 em Junho de 1999.  Aconteceu antes da saga Terromoto e há uma pequena referência em relação a isso, devido ao comportamento dos morcegos que vivem na bat-caverna.

domingo, 2 de outubro de 2011

A batalha das gêmeas: Ringer vs The Lying Game

Há alguns dias descobri que a nova série da Sarah Michelle Gellar (a Buffy), Ringer havia estreado. E resolvi assistir o piloto.
Bridget, está sóbria há 6 meses, e vivendo no programa de proteção a testemunha, pois presenciou um assassinato e se tornou a única testemunha contra um perigoso mafioso. Temendo por sua vida, ela foge e  procura a sua irmã Gêmea, Siobhan, com quem ela não tinha contato há algum tempo e que aparentemente tem uma boa vida. Sibhan é  casada com um homem rico, é sofisticada e bonita. E a família dessa não sabe da existência de Bridget. Após um suposto suicídio de Sibhan, Bridget assume a identidade da irmã, achando que estaria protegida. Acontece que a vida da irmã não é tão fácil assim. Ela e o marido se mostram um casal feliz apenas nas aparências, pois a verdade é outra dentro de casa. Há ainda problemas com a enteada adolescente de Sibhan, que volta para casa depois de ser expulsa de um internato. E o amante de Sibhan, Henry,  que é o marido da melhor amiga dessa. Sem contar que no final do piloto, Bridget descobre que alguém  também está querendo matar a irmã. E é claro que essa aparece viva e misteriosa em Paris.