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domingo, 6 de novembro de 2011

Pura nostalgia: Gigantes de Aço

Gosto de pensar que sou cinéfila. Então de vez em quando vou ao cinema, mais porque eu gosto disso do que a vontade de ver um filme em particular. Muitas vezes escolho um filme sem grandes expectativas, por causa do horário, ou um ator, ou um título curioso, algo assim, é aquele típico  "não dou nada por ele", fui para preencher o tempo. Mas, as vezes, esses  me surpreendem, e isso é muito bom, um filme com uma surpresa positiva tem outro sabor.
Esse é o caso de Gigantes de Aço, era véspera de um feriado e eu estava com vontade de ir ao cinema. Hugh Jackman encabeçava o elenco, e para o que convém, ele é um ator bem charmoso e carismático, por causa disso, em quase todos os seus filmes, torço por seu personagem. È inevitável, mesmo em O grande truque (onde ele enfrentou o "Batman") torci por ele, haha. Assim, apesar da história um pouco bizarra e com clichês, resolvi ver o filme. E não é que foi uma boa surpresa? Não mudou minha vida , mas foi muito bem conduzido, e eu sai da sala de cinema me sentindo bem. Com muita nostalgia.
A história por assim dizer é uma mistura de Rocky (gosto do primeiro, então minha observação é referente, a Rocky, O lutador) e Falcão (outro com Stallone, um dos "clássicos" da sessão da tarde que via na minha infância, haha), só que é com robôs. O filme se passa em 2020, e Hugh Jackman é Charlie Kenton, um ex-boxeador. Nesse futuro, as lutas de boxe entre humanos perdeu a graça, em vez disso, robôs (gigantes) lutam, e  muitas vezes o fazem até destruir o oponente. Charlie permanece no mundo das lutas controlando esses  robôs. Ele se encontra a  beira da falência, agindo de modo inconsequente, fazendo apostas que não pode pagar, e destruindo mais de um robô no início do filme.Após a morte de uma ex-namorada, ele está prestes a ceder a guarda do seu filho de 11 anos e com quem nunca teve contato para uma tia, quando vê a oportunidade de ganhar dinheiro com isso. Ao passar um tempo com o filho, Max, os dois acabam encontrando um robô de treino num ferro velho. E apesar da descrença de todos,  Max o leva as lutas com  a ajuda de Charlie.
Para mim os paralelos são intensos entre os  filmes que eu citei acima. Em Falcão, há a ideia de aproximação com  o filho através de algo que os dois gostam. No caso de Falcão era a queda de braço, no qual o pai caminhoneiro era muito bom, em Gigantes de Aço, há o boxe,  e o treinamento do robô, onde Charlie resgata o seu talento, e "ensina" o robô Atom a lutar, que somada a sua resistência, o torna capaz de coisas que poucos esperam. Max também usa a suas habilidades tecnológicas para melhorar Atom. Essa parte familiar é bem interessante, podem dizer que é piegas, mas é uma das melhores coisas do filme. É muito bom ver o frio Charlie em contato com filho, e os dois emocionados a cada vitória de Atom.
Com relação há Rocky, há o boxe. A preparação de Atom me lembra muito a de Rocky, um robô pequeno para os padrões dos robôs, que ninguém dava nada, mas que tem uma grande resistência, me lembra muito o personagem de Stallone. A luta final mais ainda, quando a há o confronto entre Atom e  Zeus ( o campeão, o robô que nenhum outro conseguiu passar além do segundo assalto, o Apollo robô, não?). Aliás, essa luta é bem parecida, inclusive nos acontecimentos, e para quem viu Rocky o resultado não vai ser surpresa, ahhh espero não ter entregado o final haha.
Mas há algumas coisas que eu gostaria que explicassem melhor.  As vezes, Atom parecia humano, ou melhor parecia dotado de uma inteligência e lealdade que nenhum robô tinha. Em certas partes dava a entender que ele até tinha sentimentos. Isso poderia ser melhor explicado, eu bem que gostaria que aparecesse o criador dele,e sei lá, mostrasse o porquê dessas impressões. Outra coisa que tom depreciativo em relação aos Nerds? Hein. Eles são bem estereotipados, e se davam mal e eram pessoas ruins, com exceção de Max, bem talvez o roteirista não percebeu que o próprio menino prodígio Max, também era um  nerd. Haha.
Enfim, é um filme família,  e mesmo com todos esses clichês, acho que ele consegue atingir a sua proposta. É bem divertido, os robôs são bem feitos, os personagens são carismáticos e bem interpretados  (principalmente Max e Charlie). Valeu o ingresso, e eu até seria capaz de voltar ao cinema para revê-lo. Há algum tempo eu não saia assim do cinema e com certeza não foi um tempo perdido. Ahh, que saudade da época em que assistia a sessão da tarde, que vontade de rever Falcão (pode ser piegas mas eu gostava desse filme, já revi diversas vezes na globo),  e até mesmo Rocky.

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