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terça-feira, 19 de novembro de 2013

Homeland - 03x08: A Red Wheel Barrow (Review)


A velha Homeland finalmente voltou nessa temporada? Nesse caso, seja muito bem vinda.
Eu vinha me animando com a série nos últimos episódios... Na review passada, cheguei até arriscar algumas suposições em relação a esse, imaginando alguma virada, pois como Alex Gansa comentou numa entrevista, ele seria o fim do segundo ato desse ano...
>>>>> Spoilers Abaixo <<<<<
A verdade é que mesmo me habituando e vendo alguma evolução na série. Até o último, ainda sentia falta de algo... Não sabia bem o que... Mas ainda tinha necessidade daquele elemento Homeland de ser... Aquele que me dava uma vontade enorme de imediatamente ver o próximo, que nem tinha sido lançado ainda. Alguém aí já sentiu isso em relação à série?
Pois bem, e não é que eu consegui sentir novamente, depois de algum tempo e pela primeira vez nessa temporada, com “A Red Wheelbarrow” tive essa sensação.
Por que esse foi diferente? Quem sabe o meu estado de espírito estivesse melhor... Ou talvez a trama realmente tenha evoluído... Se mostrado mais redonda e coerente.  Os elementos e peças interessantes tenham se conectado com maestria.
Vejamos... Nessa temporada tivemos algumas revelações contestáveis. O que talvez tenha enfraquecido para mim a base da série e seus acontecimentos, que até o ano passado, não tinha caído nesses erros, sendo normalmente bem fundamentada em minha opinião.
A primeira foi a revelação de que Carrie trabalhava pra Saul desde antes do primeiro episódio. Ficou um pouco difícil acreditar em cenas de revoltas que ela desempenhou sozinha.
A segunda foi a gravidez.  Eu não meti o pau nessa virada... Preferi acreditar, esperar para ver. Mas reconheço que há ao menos um ponto fraco nela. O fato dela não ter sido descoberta enquanto a agente estava internada.
Mas dando uma concessão a série (acho que merece)... Vou pensar mais no que foi apresentado agora... Ou seja, negligenciar um pouco os erros do passado (afinal é ficção, né?)...
Por esse episódio, confirmamos que Carrie está na 13ª semana de gestação. E que ela teve crises durante esse tempo, não foi algo esperado e desejado, assim bebeu muito, usou lítio no sanatório por cerca de 1 mês ( mesmo após saber que estava grávida).
E segundo ela, o pai é Brody (o trabalho que ela está fazendo e quer terminar tem a ver com pai,  ou seja, ela quer provar a inocência dele para poder usufruir de um tipo de vida mais convencional aconselhado a uma grávida).
Peças encaixando. É, mais motivações para o seu modo de agir. Mais urgência nessa ação.  Mais pressão. Mais complexidade em sua personagem. E talvez seu real e mais forte motivo, a explicação profunda por que ela vem agindo tão “imprudentemente” nessa temporada veio à tona.
Há outra pessoa em jogo (ela resistiu a isso, passou por maus momentos, mas quer levar a gravidez em frente). Ela realmente sente um amor louco pelo terrorista mais procurado do mundo. Ela é bipolar (maluquinha para alguns). Mas não é só por isso que ela quer provar inocência de Brody a qualquer custo.
E sua investigação no episódio foi justamente nesse ponto. Tentar capturar o responsável direto pela bomba em Langley. O homem que a montou, moveu o carro e podia mostrar a inocência do ex-sargento.
O que trouxe bons momentos... Permeados de intriga, tensão e claro ... loucura.
Foi tão bom ver Carrie passando a perna nos advogados. E depois até vê-la recebendo uma rasteira. Percebendo que o seu trunfo, o homem capaz de ajudá-la em relação a Brody, estava prestes a ser assassinado, e pelo bem da operação principal, ela não poderia impedir isso.
Como nos velhos tempos, vê-la desobedecendo às ordens, correndo riscos altíssimos para conseguir o quer... Para mostrar a verdade das suas intuições, alcançar seus objetivos. E até receber “pancadas” por isso, que no caso desse episódio se mostrou como um tiro no bíceps.
E nos momentos mais loucos de sua vida, como ao ser atendida, sangrando depois de alvejada,  ela tendo as suas melhores constatações, confirmando aquela frase de Saul de que Carrie é a pessoa inteligente mais burra que ele conhece.
Ela finalmente percebe que há algo errado. Algo não faz sentido. Ela está por fora de alguma coisa. E onde está Saul?
Pois é. Ele está cercado por um grande mistério. Nem sua pupila sabe as suas reais intenções. Age para concretizar o grande plano de virar as coisas no oriente médio... A fase 2 do envolvimento de Javadi. E isso está ligado a quem?
Ainda não entendi exatamente como, mas aparentemente, a Brody... O final e a grande surpresa do episódio, a grande virada, nos mostrou isso.
Saul em Caracas, pagando a recompensa de 10 milhões de dólares e encontrando com Brody num estado deplorável no novo buraco em que ele se meteu.
Agora, resta saber desde quando ele sabe do paradeiro do ex-sargento. E o que ele quer dele? Pois é claro que Brody deve ser necessário em algum ponto do seu plano de mestre (qualquer que seja esse).
A volta de Brody traz novas suposições, e muitas perguntas. Eu imaginava que ele voltaria em breve. Mas não pensava que o trariam tão logo, assim de uma vez e pela ação direta de Saul.
O terceiro ato da temporada se inicia no próximo capítulo. E Brody deve ter alguma importância nele, talvez seja a peça chave,  até mesmo podemos pensar se essa gravidez de Carrie terá algum impacto para ele. Resta saber como tudo será usado. Pois como dizem o céu é o limite, né?
Com muitas perguntas deixadas na mente, outras elucidadas, e emoções. Esse episódio realmente funcionou. Reavivou a chama de Homeland para mim.
Será que foi por ver Carrie agindo com alguma lógica em sua loucura? Ela guiando o episódio, nos mostrando as viradas e nos surpreendendo junto dela e com elas? Como já aconteceu em alguns episódios passados? Carrie como força motriz da série, a perspectiva do espectador... E sua motivação relacionada à Brody? A personagem é empolgante e dar gosto de vê-la assim.
Será por que foi interessante ver Saul agindo nas entrelinhas? Na política, no jogo de espionagem. Mantendo o seu segredo... E revelando apenas o necessário para o público tentar imaginar o que vem seguir? Nos deixando tantas perguntas na mente, e vontade de descobrir as respostas?
Será pela volta de Brody? Finalmente a sua ligação com a trama central, a reunião dos personagens principais e mais interessantes da série.
Será por que mesmo usando as bases de viradas anteriores não tão sólidas, o entendimento das desse e suas bases foram? Vimos reviravoltas que fazem sentido, sendo insinuadas anteriormente, que não pareceram artificias, não foram colocadas apenas para surpreender e desnortear o público.  Isso é Homeland. Isso é o que sempre me dá gosto de ver na série.
Enfim, já não era sem tempo, estamos no oitavo episódio, que não percam essa linha.  E sem pensar no futuro, apenas no agora (Carpe Diem  gente), minha empolgação Homeland voltou. Como queria ver o próximo episódio nesse momento. Estou roendo as unhas por ter que esperar até a semana que vem para isso.
* Mais uma vez o título desse episódio se originou em um poema. Aprendendo poesia com Homeland... kkk.
** Por que o ex-amante de Mira colocou uma escuta na casa de Saul? Será mais um agente infiltrado ou um rival enciumado e vingativo?
*** Viva por mais um episódio sem menção da família Brody.

4 comentários:

  1. Cintiaaaaaaaaaa,,,n estava conseguindo deixar mens. aqui,,,mas agora vai,rs N assisti ainda o eps. Depois eu volto p comentar, pq eu sei q aqui a gnt pode falar de romannnnce.rsrsrs Beijinhos

    Nezinha..

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    1. Oi, Nezinha. Claro que pode falar de romance sim, aqui pode falar de qualquer coisa. Beijos pra vc e obrigada pelo comentário. Espero-o um comentário depois de ver esse episódio.

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  2. Gostaria de te dizer que sempre leio seu blog após assistir Homeland. Obrigado por seus ótimos textos

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    1. Obrigada. É ótimo saber disso, até porque o interesse por Homeland ultimamente anda em baixa, e minhas reviews aqui,essa foi a única que recebeu comentários. É bom saber que gostam

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