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terça-feira, 12 de novembro de 2013

Homeland - 03x07: Gerontion (Review)

 Postagem episódio anterior:Still Positive.   
Até que enfim Homeland se foca apenas na trama principal.
 >>>>> Spoilers Abaixo <<<<<
Nesse episódio, um dos desejos de parte dos espectadores foi atendido... Nada de família Brody, nada de Jess, Cris ou principalmente Dana... E bem que isso poderia durar mais alguns episódios, não? (kkk, que tal uns 5? Que é o que falta para terminar a temporada).
A trama central teve um bom desenvolvimento. Ela que ainda parecia confusa até pouco tempo atrás, se mostrou mais concreta, palpável, por assim dizer.
O grande plano da temporada parece ser infiltrar Javadi no alto escalão de poder no Irã. De modo que ele trabalhe para a CIA (para Saul), e tente estabelecer a paz entre o ocidente e oriente médio (seria interessante que Brody fizesse isso na época em que entrou para a política, não? Mas seguiram outro caminho).
E boa parte desse capítulo se focou em tornar isso possível. Como o próprio Saul argumentou, parece ser um plano bem mais efetivo do que a velha ação e reação no calor da vingança. Pois esse desencadeia um ciclo vicioso de um novo Nazir a cada temporada... Ou seja, morre um terrorista, mas outro assume o poder com as mesmas intenções dúbias e ações violentas.
O objetivo desse novo plano seria a paz, algo que faria bem aos cidadãos dos dois países. Algo que o próprio Javadi já sonhou, e conversou nos tempos de juventude com Saul. E como um sonhador, o atual diretor da CIA ainda acredita nisso... Inclusive conhecendo o Javadi antigo, ele pensa que ele o ajudará a concretizá-lo.
Só que é bem arriscado... Com vários fatores que poderão ocasionar a sua falha... Mesmo com a chantagem, confiar num homem que se corrompeu há décadas, e recentemente matou a nora e a ex-mulher de maneira tão cruel (além de outros assassinatos que foi responsável), tendo a CIA até que acobertar esse último crime... Será mesmo a melhor solução?  Sem contar a questão da confiança, não é no mínimo moralmente duvidoso ter como um aliado um criminoso desse porte?
Talvez a simples captura dele, e sua execução como o responsável pelo atentado de 12/12, como Lockhart queria, fosse algo mais concreto, trazendo resultados imediatos como a visão de que os EUA estão com as rédeas na mão...Daria aquela ilusão de segurança ... E saciaria a sede de vingança e justiça que sociedade norte-americana se encontra... E com menos riscos de falhar...
Só que o Saul sonhador preferiu o caminho mais difícil e com um potencial mais duradouro... O que será que vai dar?
Mas mesmo que não dê certo. Foi interessante ver o arrogante Senador querendo passar essa informação ao presidente e Saul o prendendo até que Javadi deixasse o país... Toma!
E além de tudo, Dar Adal apoiar o nosso barbudo...  Parece que ele não cedeu à tentação  Lockhart. O que me deixou pensando como esse conseguirá dirigir a CIA daqui alguns dias se ele ainda não tem nenhum aliado dentro dela e é conhecido como o homem que comandou o comitê contra a agência. Tarefa difícil, hein?
Também devo admitir que fiquei com um pouco medo de Saul numa cena. Talvez porque já escutei teorias conspiratórias que chegaram a cogitar que ele trabalhava pros terroristas na temporada passada e dessa forma orquestrou o atentado conseguindo se tornar o diretor da agência.
Por um momento, quando ele chega a agradecer por seu atual cargo, e falar que tinha meios de colocar Javadi no poder no Irã... Eu pensei, será?
Mas sempre achei que isso ia contra toda construção do personagem, e ao fim, ao vê-lo tão feliz com essa sua vitória momentânea, abrindo seu coração a Mira, continuo o achando um dos personagens mais sábios e íntegros da série (apesar de um pouco “inocente” em relação às ações da esposa).
Por outro lado, temos o problema em que Quinn se meteu. E através desse personagem novamente vemos uma das principais indagações de Homeland... Ele se apresenta cheio de dúvidas acerca das ações da CIA... Será que acobertar, matar pessoas, ainda mais inocentes, vale a pena, realmente dá resultados quando se objetiva um bem maior?  Ou se sujar assim sempre trará coisas ruins?
É, ele ainda está se sentindo muito culpado por matar aquele menino no início da temporada.
Já com Carrie, que esteve envolvida nessa trama, e o convenceu a ficar mais um tempo. Também vejo uma evolução... Penso que os motivos das suas ações começam a ficar mais claros.
O seu modo agir tem sido fonte de muitas discussões ultimamente... Mas o que ficou no ar é que ela quer mesmo provar a inocência de Brody.  E até sanar algumas dúvidas que ainda carrega em relação a isso.
Ele é o seu ponto fraco, e talvez até seja o pai do bebê que ela espera... Algo que pode aumentar a sua vontade nesse intento. E como Brody é o terrorista mais procurado do planeta, a tarefa que ela se propõe é pra lá de árdua.
Com certa manipulação por Javadi, Carrie parece ter conseguido informações sólidas nesse objetivo. Penso que a que a partir de agora ela vai se esforçar e se focar muito nessa investigação.
De acordo com uma entrevista de Alex Gansa. Essa temporada está dividida em 3 atos, um a cada 4 episódios. Sendo que o próximo seria o fim do segundo ato, já devendo se direcionar ao assunto do último, que aposto ser sobre Nicholas Brody (inclusive o trazendo de volta pra série). Assim espero que alguns eventos diferentes, talvez até reviravoltas ocorram aí.
 Em relação a esse, penso que evoluiu bem na trama... Apostou na manipulação... Jogos de espionagem...  Reflexões pessoais... Debates internos e externos. Mas há de notar que teve pouca ação. Se mostrando lento em vários momentos.
Eu gosto dessa tensão que a série perpetua sem precisar de cenas de ação. Mas admito que mesmo pro ritmo de Homeland, essa temporada teve pouco desse elemento... Inclusive já estou torcendo para que venham momentos mais agitados.
Talvez isso ocorra no próximo episódio com o fim do segundo ato, ou quem sabe, proporcione um terceiro ato explosivo... De qualquer forma, acho que as peças começam a se encaixar e eu continuo acompanhando Homeland com atenção e ansiedade.
* O título do episódio se refere a um poema de um homem mais velho com dizeres sábios num tempo pós- guerra...
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