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domingo, 27 de janeiro de 2013

O Adeus a Fringe, e sua Quinta e Última Temporada


È bem estranho pensar que essa é a ultima vez que escrevo sobre uma temporada de Fringe. È triste constatar que a série que acompanhei com tanto vício e excitação nos últimos anos acabou.

Mas assim são as séries, uma hora suas tramas chegam ao final (se tivermos sorte, já que muitas ficam incompletas nos deixando sem resolução, até mesmo Fringe correu muitos riscos disso acontecer). Dessa forma, tenho que agradecer por ter chegado ao fim da jornada dessa série, que realmente valeu à pena.

A trama desse ano teve sua semente plantada no episódio “Letters of Transit” da quarta temporada. Nele é mostrado um futuro em que os observadores invadiram o planeta e dominaram a humanidade ( e com isso tchau para a brincadeira de procurar o observador, haHahaha). Etta, a filha de Olivia e Peter (já adulta) acaba retirando a equipe Fringe do âmbar, e nos vemos em uma luta contra os invasores.

Essa quinta temporada já começa nesse ponto, sem muitas explicações sobre o que aconteceu entre o fim da quarta temporada até lá, e em seus 13 episódios vemos o desenrolar dessa nova realidade (uma pena que a série teve o número de episódios reduzidos.

Basicamente os assuntos abordados são esse futuro distópico com os observadores assumindo uma posição de destaque, tendo ações ditatoriais e genocidas (já que até o ar eles poluem para deixar o planeta mais habitável a sua espécie, mas diminuindo a expectativa de vida dos humanos), o reencontro e dinâmica de Olivia e Peter (depois de 20 anos presos no âmbar) com sua filha perdida, Walter e temores sobre seu caráter megalomaníaco após receber as partes retiradas do seu cérebro e,claro, o plano contra os observadores.


Há certa elucidação sobre o que são os observadores, que mesmo um tanto frios, nunca pareceram possuir intenções tão malignas como as vistas nessa temporada. Uma “evolução” da humanidade (usando até engenharia genética), seres sem sentimentos, mas com intelecto superior e possuidores de um dispositivo capaz de fazê-los viajar no tempo e espaço, dentre outras capacidades.

Acontece que o propósito de tanta observação era justamente encontrar um ponto e uma realidade na história para que pudessem invadir e dominar o planeta. Sinistro, não? E assim subjugam a humanidade e até usam alguns humanos nessa escalada para dominar a Terra.

Apesar de passar mais de 20 anos no futuro, a equipe Fringe aparece quase com a mesma aparência (o que torna muito estranho até o relacionamento com Etta, já que essa é somente um pouco mais de 10 anos mais jovem que os pais). Resgatar esses anos perdidos (a menina desapareceu na infância durante a invasão), acostumar com essa situação, é um grande desafio principalmente a Olivia, já que a moça se mostra mais próxima de Peter.

Somente Broyles e Nina (que aparecem em poucos momentos) é que viveram e envelheceram nesse mundo opressor. Assim, é interessante notá-los mais velhos, em postos importantes, mas ajudando a resistência na surdina.

Já o plano contra os observadores feito por Walter e Setember ( nosso observador de toda hora), acaba sendo esquecido pelo cientista com sua memória problemática. Mas a esperança de recuperá-lo vem com a descoberta de fitas feita pelo próprio Walter, indicando os artefatos necessários, dentre outros aspectos do plano.

E nessa dinâmica, a equipe, fazendo parte da resistência, acaba sendo caçada, tendo que encontrar objetos, resolver mistérios e situações pessoais. Com isso, personagens, episódios, casos e experiências das temporadas anteriores vêem a tona, e é algo prazeroso como se toda a trama estivesse ligada, esperando somente esse ponto. Aliada a isso temos algumas perdas e situações redentoras. Fringe é ficção científica, mas sempre guiada com muita emoção.

Entretanto, não digo que o ritmo da temporada foi muito bom com doses de adrenalina como era de se esperar. Já que a trama seguiu lenta em grande parte, e até mesmo, certas estórias como a de Peter -Observador (apesar de mostrar o crescimento de Peter como um personagem forte, até vingativo), serviu mais para explicar algo do que chegar a algum ponto, até mesmo a obtenção de certos artefatos não se mostrou útil.


Mas o final da temporada se apresentou mais agitado, com a volta de personagens queridos, dentre eles, Setember, o menino observador (chamado de Michael nessa temporada), personagens do lado B (matando um pouco a vontade dos fãs), até mesmo Sam Weiss. Além de várias citações de casos passados feitas de diversas formas (e até mesmo Olivia super-poderosa foi bom rever, eu estava com saudade disso).

Os mistérios foram sendo desvendados, e a emoção aumentava cada vez mais ao se aproximar do fim. E para mim, grande parte desse sentimento se deve mais uma vez ao pai mais foda de todos os universos, Walter Bishop, um personagem que consegue fazer rir e chorar na mesma cena. Walter é o máximo.

Após assistir os dois últimos episódios (que passaram no mesmo dia), não vou mentir, parecia que havia um nó em minha cabeça, muito dos eventos pareceram sem explicação, e até o desenvolvimento cheio de furos.

Mas nada melhor do que o tempo, e a leitura na internet para acabar com isso (Hahaha, abaixo vai conjecturas concretas sobre o fim, não leia se não quiser saber de Spoilers):


>>>> Se não quiser ler sobre acontecimentos finais, não leia abaixo <<<<

A solução de ir ao futuro, levar Michael e impedir a criação dos observadores é um grande paradoxo e parece que seus efeitos não só mudaria os acontecimentos a partir de 2015 (invasão dos observadores), e apagaria o Walter nesse ano (esse apagar eu não sei o que seria, ele desapareceria da linha do tempo nesse ano? Ou morreria como o Peter - criança? Acho que apenas desapareceria misteriosamente, apesar de estar bem e vivendo no futuro), afetaria também grande parte das tramas de Fringe.

E Peter continuaria existindo? Afinal o fato de Walter ir ao lado B tem participação direta dos observadores. Penso nele como um caso a parte, ele já foi apagado, é uma anomalia e não deveria existir mesmo, então acho que qualquer mudança não o afetaria.

Mas ainda assim, talvez os observadores não deixaram de existir totalmente, os invasores sem sentimentos, sim, desapareceram e por isso não houve a invasão em 2015. Mas e se em vez desses, foi criado outro tipo de observador, baseado em Michael, extremamente inteligente, mas com sentimentos, e essa nova espécie, também foi ao passado, só que dessa vez sem o propósito de invadir o planeta? O resto dos acontecimentos de Fringe poderia se manter, não?

>>>>> Apartir daqui pode ler sem problemas<<<<<< 


Independente de problemas de narrativa (pois nenhum seriado foi perfeito nisso para mim), Fringe se mostrou uma série fenomenal, e coesa (na medida do possível), é a melhor série de ficção científica que já vi (era bem nova para acompanhar Arquivo X desde o princípio, então não tiro os méritos dessa), está entre as minhas séries preferidas de todos os tempos e esteve bem presente na minha vida desde o seu começo.

E quando digo presente, não falo só de assistir os episódios, aguardar ansiosamente os próximos, e ficar morrendo de medo da série não ser renovada. Falo de ler sobre os episódios, procurar notícias, participar de discussões, dar palpites sobre os rumos, ler materiais científicos, revistas em quadrinhos, livros, escrever sobre os diversos aspectos da série, conversar e incentivar os amigos em relação a Fringe, comprar os DVDs das temporadas (as vezes importados), comprar camisas (usar também, hahaha), canecas, revistas e livros, procurar “observadores” na rua e em outros programas, viciar minha irmã de 10 anos (para ter mais alguém com quem conversar) a ponto dela colocar o nome da sua cachorrinha de Gene (em homenagem a vaca do Walter) e querer conhecer Massachusetts, e etc.

Sim, Fringe dominou parte da minha vida nos últimos anos, é triste pensar o que será agora que ela terminou. Já estou com aquela sensação nostálgica e com saudade, mas com certeza ela me marcou e realmente valeu a pena durante toda a sua trajetória. Obrigada pelo seu suporte produtores, atores e demais realizados de Fringe, uma tulipa branca para todos!

Para ter uma idéia do meu vício por Fringe (apenas uma idéia mesmo, pois há mais coisas a se contar) vou deixar a lista de meus posts com a série:
Temporadas

Ciência e Terias em Fringe

Lista, curiosidades e brincadeiras
Casais que mais me marcaram em séries (menção de Peter e Olivia), Beyond the Fringe (Quadrinhos), Aparições do Observador Fora de Fringe (Busca do Observador em outros lugares).

4 comentários:

  1. Sempre amei Fringe,mas pra mim a melhor temporada foi a segunda...com aqueles mistérios de mundo paralelo, pra mim foi a melhor parte. Confesso que a partir da quarta temporada fui desgostando um pouco, acho que se estendeu demais. Mas, sem dúvida, uma das melhores séries que eu já vi!
    Parabéns, o blog tá ótimo!

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    1. Para mim na verdade, a melhor safra de Fringe foi no final da segunda temporada a início da primeira, onde estava em voga a questão dos universos, sei que muitos dizem que a melhor foi a terceira (e quem sabe para mim tenha sido), mas dizem que ela foi perfeita e não foi (há vários pontos que não me agradaram, principalmente depois que Olivia volta do outro universo). Eu gostei da quarta temporada, na verdade, fiquei com as espectativas baixas para ela, e o que vi me agradou, sei lá. Nenhuma série é perfeita, mas para mim o que mais importa (talvez até mais que rumos e aspectos de coerência 100%), é o respeito as características dos personagens, e uma boa construção destes, e Fringe foi bem feliz nisso.
      Obrigada pelo elogio e comentário.

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  2. sem duvida a melhor serie de ficçao que alguma vez pude ver,porque as personagens se envolveram de tal maneira que fizeram o espectador quase que entrasse no mundo da serie...pode parecer um pouco louco mas nao e´.a serie tem de tudo um pouco e principalmente tem duas historias dentro de uma ...a primeira a dor causada pela perca de um filho,que origina o despoletar de um enredo de constantes incertezas e misterios e a outra historia o amor dos dois principais personagens,que a meu ver nao sao só eles as principais personagens o pai de peter é uma excelente personagem... que venham e que produzam series assim para agarrar quem vÊ... gostei e adorei a serie..e um dia destes vou voltar a ver..assino por baixo...anonimo...

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    1. Fringe marca mesmo, uma história meio maluca, mas não tão assim, pois é muito humana, com o fato de que tudo começa por causa do amor de um pai por um filho, e depois ainda vemos o desenolvimento do amor entre um homem e uma mulher. Ja deixou saudade, e não tenho tantas esperanças de ver uma série de ficção científica tão boa e bem feita por agora na tv, é que pela tendência das séries que estream e são canceladas, parece não ter tanto espaço para elas, e na sua grande maioria elas são canceladas prematuramente, a própria Fringe sofreu bastante com a baixa audiência. Obrigada pelo comentário.

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