Uma das estréias de séries mais esperadas por mim esse ano, é
sem dúvida Homeland. Essa história que
começou apenas no ano passado, possuindo tal força que com apenas 12 episódios
conseguiu me conquistar, se tornando uma das minhas séries preferidas ( de
todos os tempos). No último domingo (30/09),
estreou o primeiro episódio da segunda temporada “The Smile”, e como sempre ,
mesmo com grandes expectativas, não sai decepcionada.
A temporada anterior termina com Carrie sendo expulsa da CIA
e se submetendo a uma terapia de eletro-choque para tentar controlar a sua
doença. E Brody conseguindo convencer Abu Nazir de que ele trabalhando dentro
do governo e controlando a política norte-americana seria melhor do que cometer
um atentado suicida.
“The Smile” começa meses após esses acontecimentos. Com
Carrie em recuperação morando com sua irmã e seu pai. Trabalhando como professora de inglês para
pessoas do oriente médio, e procurando manter uma vida tranqüila longe da CIA. Mas
depois que Israel bombardeia o Irã, criando revolta de mulçumanos, e um
potencial atentado de retaliação, ainda mais que uma antiga fonte de Carrie
surge dizendo possuir informações e que só transmitirá a essas a Carrie. A
ex-agente da CIA acaba voltando apesar de seus conflitos com David Estes, e certa relutância,mas por causa de um pedido
de Saul ( que sempre foi um grande amigo) , ela se submete ao perigo, mesmo
achando que não está preparada.
É interessante perceber algumas mudanças em Carrie. O seu
pai inclusive alerta ( ou dá uma pista sobre isso) as doses de remédios estão muito
altas. Assim, a primeira vista, ela não parece que está pronta, não consegue
lembrar de coisas simples(logo ela que sempre foi bem detalhista e inteligente),
dorme muito, e se comporta de maneira bem assustada( dando a impressão que vai
estragar o seu disfarce a qualquer momento). Não é a mesma Carrie, mas a antiga
agente ainda está lá, próximo do fim, ela mesma percebe isso. Pois com suas
dificuldades, consegue enganar um homem que a perseguia e poderia acabar com a
missão. Resta saber como ela se livrará dessa situação complicada em que se meteu,
e se sua ação será bem sucedida. Mas o seu sorriso no final, de “voltei”, “ainda
consigo”, “estou viva”, deixa uma pista sobre isso.
Entretanto Homeland não é feita somente de Carrie Mathison,
não é? Há o lado de Brody que agora trabalha no congresso e já parece
acostumado à vida política. Tem até mesmo uma chance de se tornar o candidato a
vice-presidente ( já pensou em Brody de Vice? Um pulo para presidente, né? Já
que Nazir é bem capaz de matar o presidente só para colocá-lo no ponto alto do
poder). Gostei bastante dessa ascensão de Brody, e a calma que ele mantém,
mesmo estando cercado de problemas e possuindo grandes “imperfeições” que pode
ser descobertas. Um dos problemas é justamente a pressão de Nazir, o
ex-sargento não quer ser terrorista, não quer matar inocentes, ele acredita em sua ideologia de não matar
civis em nenhum dos lados, mas Nazir quer que ele escolha um lado. E exige mais,
inclusive faz com que o atual congressista (ou deputado), faça um “servicinho”
de espionagem para ele, pegando informações do escritório de David Estes. Tensão!
Outro lado interessante acontece na família de Brody, com
Dana tentando defender os mulçumanos na sua nova escola (que está cheia de
potenciais futuros governantes genocidas), e deixando escapar que o pai é
Mulçumano. Confusão montada na família de Brody, ele acaba assumindo a esposa
que é verdade. Jessica tem uma discussão
pesada com o marido, o proibindo de ser mulçumano e até estragando um Alcorão
ao jogá-lo no chão (caramba se eu fosse a Morena Baccarin, depois de tantos
protestos e violência por causa do filme satirizando Maomé, eu estaria morrendo
de medo, afinal, ela foi mostrada jogando esse livro sagrado no chão, e nunca se sabe, né?). Acho que Jessica já
começa a desconfiar do lado terrorista de Brody, mas tenho que ver até onde
isso vai dar. Esse acontecimento fortaleceu mais ainda a relação de pai e
filha. Gosto de Dana, pois naquela
família (além do pai), ela tem uma capacidade incrível de perceber as coisas e
é um ser pensante, é revoltada, mas tem idéias interessantes. È bom ver que pai
e filha continuam unidos, inclusive até enterram o Alcorão juntos com demonstração
de respeito à religião.
Algumas perguntas deixadas pela temporada anterior ainda nem
foram insinuadas (como o informante dentro da agência, Carrie descobrindo a
ligação de Brody com Isa e etc). Além
de que os protagonistas estão seguindo trajetórias separadas ( por enquanto), e grande parte do que prende em Homeland vinha da interação
entre Carrie e Brody. Acredito que em breve, os dois se encontrem novamente (
torci para que isso acontecesse nesse episódio, mas não ), só penso em que situação, e o que irá
guiá-los a isso, pois os dois na mesma cena tem um certo poder, e talvez seja o maior trunfo de Homeland.
Esse episódio serviu para mostrar a situação dos personagens
e da história da série. É um ponto de
partida para essa temporada e eu gostei do que foi apresentado , um início de episódio,
de certa forma lento, e um fim com um
pouco tensão e suspense. Homeland continua com elementos que a fizeram tão boa
no ano passado, e esse primeiro episódio, mostra que a série ainda tem muitas
coisas a revelar e possui um grande potencial. Além de fazer pensar ( que medo de jovens como
aqueles mostrados no “debate” se tornem os próximos governantes do país). E
ahh, Nick Brody para presidente!
Próximo episódio: Homeland-Beirut is Back.
Próximo episódio: Homeland-Beirut is Back.
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