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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O líder - Parte 2(História em várias partes)

O Líder

"Perto do fim, começamos a pensar no início."
Sr. & Sra. Smith


2-O passado, o presente e o futuro

Ana, Léo e Marcos estavam sentados em volta de uma mesa na casa dela. A mesa era uma mesa redonda com 6 cadeiras e ficava na sala da casa. Ana começou a falar:
- Marcos, pode começar me dizendo por que de você estava fugindo daqueles homens?
- Bem, ...tenho que dizer que eu estava fugindo do hospício.
- Você está brincando, não? – falou Léo
- Não, queria, mas não estou, ou se você quiser ser mais politicamente correto. Eu estava fugindo de uma casa de repouso psiquiátrica.

- Então isso quer dizer que você é doido.- falou Léo
- Sim, todos somos, ninguém é normal, você não acha? Mas eu posso te dizer uma coisa, Leonardo. Eu não sou mais maluco do que a sua mãe ou você, ou as pessoas que vão trabalhar ou estudar, todos os dias nesse mundo.
- Não confunda a nossa cabeça, Marcos. Conte a sua história do início – falou Ana
- Eu era um pequeno bebê quando eu nasci... então... -começou Marcos
O que provocou uma risada tanto nele como em Léo.
- Bem... -disse Ana- Não lembrava da sua faceta de engraçadinho. Você entendeu o que eu disse.
- Ok. Mensagem recebida. O problema é de onde começar. Vamos ver ... Talvez da nossa formatura. Eu me casei com Marina, você deve se lembrar dela, ela era a minha namorada.
- Sim, me lembro, era uma garota legal, a mais legal da sua turma. E também era a sua prima não?
- Sim, de segundo grau. Nós tivemos 4 filhos. Tânia a mais velha, nasceu um pouco mais de um ano depois de eu me formar no segundo grau. Eu me tornei advogado e o Eduardo, meu irmão, lembra dele? – Marcos falou com um pouco de sarcasmo e nem esperou Ana responder- Ele se tornou administrador. Depois que nosso pai morreu,nós herdamos a empresa. Eduardo se tornou presidente e eu vice-presidente. Tudo ia bem, nossa empresa prosperando, eu estava muito feliz, até que há 3 anos, Marina morreu. Nunca tinha acontecido algo ruim na minha vida, e eu não consegui suportar. Fiquei deprimido, não conseguia mais trabalhar, de certa forma desisti prosseguir com a minha vida. Mas aí a minha menina, Tânia, a minha única menina. Conversou comigo e me fez ver que eu ainda tinha os meus filhos e deveria continuar a viver. Voltei a trabalhar, mas com uma nova perspectiva de vida. Queria mudar a empresa, torná-la mais humana. Investir em caridade, incentivar mais programas para melhorar o mundo. Mas o Eduardo não gostou, disse que eu estava traumatizado ainda, me tirou da empresa, tirou os meus filhos e me internou no hospício. E ontem depois de cerca de 1 ano lá, eu consegui fugir.
- Uma história muito convincente, mas não me parece verdadeira, Marcos. Você posando de bonzinho, humano, sofrido e o Eduardo de empresário insensível. Não me parece o Eduardo e Marcos que eu conhecia. Você nunca se importou muito com as pessoas, mas o Eduardo se importava.
- Parece que eu to tentando te manipular com mentiras. Mas eu posso dizer que é verdade. Eduardo mudou muito e eu também. O nosso modo de pensar se inverteu.
- Léo.
- Sim, você deixaria eu conversar com o Marcos a sós? Talvez, assim eu consiga a verdade dele.
- Mãe...- disse Léo relutante.
- Leonardo, por favor.
- Ok. Estou saindo. – disse Léo indo para o seu quarto

Continua...

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