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terça-feira, 8 de outubro de 2013

Homeland - 03x02: Uh... Oh... Ah... (Review)

Postagem episódio anterior:Tin Man is Down
Um capítulo lento, com quebra de confiança e relações, e até surtos de Carrie....
>>>>> Spoilers Abaixo <<<<<<  
Em alguns aspectos esse episódio me lembrou (e muito) a situação vivida pela nossa agente no fim da primeira temporada. Talvez o momento atual seja mais grave, já que a sua doença e seu envolvimento com Brody é de conhecimento da sociedade.
Além de que Saul, o seu amigo e apoiador nos piores tempos, uma espécie de pai para Carrie, agora está do outro lado... a jogando debaixo do ônibus. Sendo que nesse ponto, ela nunca se viu tão sozinha (até Virgil sumiu).  Inclusive a internação, que na primeira temporada foi voluntária, dessa vez, foi forçada e armada pela CIA.
A ideia de usar a doença e o comportamento irregular de Carrie como uma forma de expurgar a culpa da CIA no atentado é interessante. Mas é triste ver uma das relações mais bonitas de pai e filho (Carrie e Saul no caso, sempre os vi assim) sendo rompida por traições e desconfiança.
Em alguns aspectos, eu nem reconheço mais algumas ações de Saul. Ele que sempre protegeu sua pupila e mostrou integridade... Será que o poder o mudou tanto assim? O corrompeu dessa forma...
 Até Quinn percebeu isso e ganhou minha simpatia após fazer um pouco do papel de espectador e interpelar Saul nessas questões. O que ele está fazendo não agrada, e não compactua com as suas melhores ideias.
 Sei que em certo ponto, Saul tem razão, afinal Carrie está descontrolada.  Apesar de ter tido muitas das suas melhores sacadas em momentos que estava sem tomar remédios, ela sem seus medicamentos é um perigo, uma bomba prestes a explodir com a mínima pressão.  E seu ataque no tribunal depois da sua justa revolta (já que todos parecem estar contra ela),  ou sua busca pela imprensa antes mostraram isso. 
Nesse momento delicado, onde todos olham para eles, a CIA não pode se dar o luxo de apoiar as ações intempestivas de Carrie. Mas é odioso aproveitar isso pra jogar toda a culpa nela.
Só que não foi só essa atitude de Saul que me pareceu diferente.  Aquele seu ataque a Fara (mais até que sua ação contra nossa agente bipolar), a nova analista da CIA, por ela usar um lenço na cabeça não me pareceu “ele”. Não era aquele mesmo homem que conversou com Aileen sobre ser judeu e sua paixão por uma indiana, não era o mesmo que vivia no Irã, tratando os mulçumanos com respeito. Saul sempre foi um dos personagens mais tolerantes e sábios da série. Eu nunca imaginaria vê-lo explodir com uma mulçumana por ela seguir e mostrar sua religião assim.
De certa forma, uma ideia começou a surgir na minha mente.  Comecei a pensar se não estariam tentando transformá-lo no novo Brody, ou pelo menos a relação de ambos em algo similar ao nosso antigo Carrie e Brody (pois após a última temporada, Carrie e Brody chegaram a um relacionamento com uma boa dose de confiança e até cumplicidade).
 Assim, balançar Carrie e Saul,  seria uma alternativa a desconstrução e resolução do principal relacionamento da série.  E também uma relação com um afeto real, mas permeada de desconfiança e rasteiras. 
A questão é se uma conexão de pai e filha (algo que pede confiança) pode ter o mesmo impacto, interesse e nuances de uma romântica e sexual.
E no caso, há de se pensar também na cena final... Tão triste ver Carrie que mal conseguia falar dopada pelas drogas, além da sua birra e decepção com Saul que finalmente a visitara... Nós sabemos que ele se importa com ela... Só que parece que a pessoa que ele menos pensou nessa situação foi na sua pupila. É... Vai se foder, Saul. Ela disse com razão ( e me lembrou a frase de Brody pra Carrie na primeira temporada kkk).
Mas ainda espero que tenha reconciliação.  E bem, todo esse desenvolvimento me importa e emociona.
 Agora a parte menos importante do episódio pra mim: Os Brody’s... É incrível como a família Brody consegue ser tão mais chata (e sem atrativos, kkk) sem Brody.
Sério, achei demais o tempo dedicado a ela. E no caso colocando todo o foco em Dana (ela não tem o gabarito e charme do pai para tanto), que tem que lidar com o fato de ser a filha do terrorista, a super-proteção e pressão da mãe, a vida após a tentativa de suicídio, suas dúvidas emocionais (fala em pai psicopata  para mãe, mas se ajoelha no tapete dele com reverência),  uma paixão por um colega de instituição, que acaba resultando em uma fuga de casa, uma noite de sexo, e a leva a conclusão de que o rapaz a faz ter vontade de viver.
Enquanto a família aparecia na tela, eu comecei a me fazer perguntas... Nunca gostei de Mike, mas cadê ele? Ele os abandonou nessa situação difícil? Que belo cavalheiro, né? Kkk.
E sei lá, não tem um único ser pensante na família que não desconfia da imagem que a CIA está mostrando de Brody e do atentado ao mundo? Falam como se ele não tivesse ligação alguma com a agência, mas pouco antes do atentado, toda a família foi colocada sobre proteção e passou uma temporada longe de casa com a justificativa que ele estava trabalhando como espião.  Não pensariam que tem pelo menos algo errado nesse quadro e não tentariam descobrir o que? Ou falar disso para a imprensa?
De qualquer forma, talvez seja um pouco cedo para condenar esses aspectos. Quem sabe, isso ainda seja abordado e esclarecido. Homeland já me enganou algumas vezes nesses pontos, e admito que  nunca me decepcionou.
Em relação ao ritmo, também achei lento. Pensava que as coisas andariam mais, que eles já se arriscariam com desenvolvimentos mais drásticos, mas penso que pouco evoluiu da situação apresentada no capítulo anterior.
Só que nesse aspecto as cenas do próximo episódio me trouxeram uma animação extra com a imagem de Brody. Aleluia!!! Parece que ele deve aparecer no próximo... E tenho que admitir que isso talvez tenha sido o que mais me empolgou...
Eu já estava com saudades dele no primeiro, nesse então, ainda mais com a mega  exposição da sua família, minha saudade cresceu numa escala exponencial.   Não sei como ele vai voltar... Mas bem que Carrie está precisando de um apoio (nem peço um príncipe no cavalo branco para tirá-la do hospício, kkk, mas qualquer aparição de Brody e menos da sua família já serve). Assim, fico aqui esperando o próximo com mais ansiedade.
Próximo episódio...

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