Busca no Blog

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Homeland - 03x01: Tin Man is Down (Review)- Pre-Air


Postagem episódio anterior: The Choice.
Para os desavisados o primeiro episódio da terceira temporada de Homeland vazou na internet. E ainda que não pareça completamente finalizado (além do ritmo um pouco diferente, há marcações de cenários que posteriormente devem ser substituídos por algum efeito digital), não consegui resistir e o vi.
>>>>> Spoilers Abaixo <<<<<< 
A minha primeira impressão dele é que seu ritmo foi lento. Talvez por não estar finalizado ou por ser um capítulo mais conceitual, servindo de apresentação da história da nova temporada e pra solidificar as bases do que essa irá seguir (já que no ano passado tivemos uma baita reviravolta no fim, e muitos caminhos que poderiam ser tomados).
Assim, com exceção do assassinato executado por Quinn a mando da CIA, não houve cenas de muita ação (ah, isso se não considerarmos a cena de sexo de Carrie com um estranho na escada, kkk).
A história proposta pra essa temporada parece ter um bom potencial.  Tudo começa cerca de dois meses após a explosão da bomba na sede da CIA que ocasionou a morte de centenas de pessoas , que ainda por cima eram bem importantes, a maioria ligada ao governo e algumas exercendo cargos realmente relevantes. 
É ... Abu Nazir é o cara. Precisou morrer pra isso. Mas atingiu os EUA em seu orgulho.
Tudo acabou sendo bem desmoralizante pra CIA, que está enfrentando uma investigação detalhada, tendo até mesmo um comitê de políticos empenhados nisso e querendo descobrir a verdade, apurar os erros dos envolvidos.
Nesse cenário vemos Saul como o responsável pela agência (o chefão!), e Carrie sendo interrogada pelo comitê e pressionada por seus colegas a esconder informações sobre Brody e seu envolvimento com a CIA.
Claro que a agente bipolar que parou de tomar seus remédios acaba deixando escapar que não acredita na culpa do ex-sargento que na atual conjuntura parece ser o homem mais procurado do mundo.
Saul por sua vez também parece bem dividido e pressionado. Ele continua tendo as suas ideias e sua moral. Mas estando no comando, acaba sendo influenciado a fazer coisas que não acredita e que não concorda para conter a ânsia e o imediatismo por vingança da população, da impressa e dos políticos dos EUA.
Aquilo de que os agentes da CIA não são assassinos e sim espiões, que deveriam investigar pra chegar a um alvo mais importante foi bem inspirado. Uma pena que pra manter a imagem, conter a ânsia de todos, Saul acabou pisando nas suas ideias. Acredito que os resultados teriam sido mais duradouros se ele seguisse o que acredita.
Também houve certa pressão pra apontar os dedos, por assim dizer, colocar a responsabilidade do atentado em alvos fáceis.  E no caso, um desses alvos também se mostrou ser a nossa querida agente Carrie Mathison, ainda mais depois do vazamento de informações, inclusive sobre o seu caso com Brody.
Sei que a pressão era tamanha. Havia comentários de que a CIA seria dissolvida, perderia todo o seu poder, a tal cratera (resultado da explosão da bomba, que estou muito curiosa em ver kkk)  ainda continuava lá sem  reparo, mas a atitude de colocar Carrie na frente do ônibus foi errada, e de certa forma,  dissonante das ações habituas... Pois é Saul, quem te viu, quem te vê.
Mas o mais triste nisso tudo é perceber uma quebra de confiança numa das relações mais bonitas da série. Sempre vi Saul como uma espécie de pai de Carrie, um homem em quem ela podia confiar, e que a apoiaria mesmo com seus defeitos.
Nessa ocasião, ele mostrou que não é bem assim. Ele tirou o seu e o da agência da reta, e colocou Carrie na posição colisão.
E no caso, Carrie com Brody fugindo (admito que senti falta dele! Sou uma das que gosta do personagem), sem o apoio de Saul, podendo até falar em traição de seu mentor, realmente está sozinha, tendo que enfrentar responsabilidades e culpas que não são dela (pelo menos não só dela).
Eu não queria estar na pele da nossa espiã bipolar, imagino que mais golpes ainda virão, e até pensei, que ela devia ter fugido com Brody quando teve a oportunidade na temporada passada.
Ainda tivemos a participação da família de Brody (sem ele).  Houve um grande foco em Dana, e pra mim essa parte foi um pouco enfadonha,  o ritmo do núcleo da CIA não era lá ágil, mas ao menos despertou mais o meu interesse.
Já a apresentação da história de Dana que tentou suicídio, acabou internada durante um tempo, arrumou um namorado, voltou pra casa que agora tem a presença da mãe de Jessica, um Chris cada vez mais gigante (nossa esse menino anda comendo fermento, kkk) e Jessica perdendo auxílio do governo e procurando emprego foi pouco estimulante.
Acho que a única coisa que me interessou nisso foi pressão da mídia no aspecto família do terrorista. Isso realmente deve ser difícil. Só que foram muitas cenas nesse núcleo e talvez seja bom cortar algumas na edição final pra melhorar o ritmo.
Enfim não foi um episódio bombante. Mas uma coisa que aprendi com Homeland é esperar os acontecimentos com calma, e não subestimar um episódio mais parado. O ritmo, muitas vezes, é devagar pra preparar os acontecimentos, manter a tensão, proporcionar uma explosão maior depois.  
Pelo que vi nessa estreia, acredito no potencial da temporada, e penso que vou me deliciar ao vê-lo sendo explorado. Os realizadores da série nunca me decepcionaram antes. Assim minhas expectativas estão altas e mal posso esperar pra o que vem a seguir.
Próximo episódio

Nenhum comentário:

Postar um comentário