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terça-feira, 15 de outubro de 2013

Homeland - 03x03: Tower of David (Review)

Postagem episódio anterior: Uh... Oh... Ah....  
Somos apresentados a um episódio dividido em duas narrativas paralelas. E o bom é pensar, que uma dessas é dele, pois é, ele voltou!
>>>>> Spoilers Abaixo <<<<<< 
Antes de mais nada, vou comentar que um dos meus desejos mais fortes em relação a  Homeland foi atendido. Nada de família Brody, nada de Dana! Viva! Eu já estava cansada da estória deles.
Por outro lado, não foi somente a família que desapareceu... Nesse terceiro episódio, apenas dois personagens do elenco principal dão as caras: Carrie e Brody.  
Ahh... A volta de Nicholas Brody, como eu sentia falta dele. E como esse personagem deixa a trama da série mais interessante pra mim...
Sei que alguns já pedem a saída de Brody desde a última temporada, mas o seu retorno deu um frescor a série. Pra mim, ele é um personagem magnético, e acima de tudo complexo. E Homeland perde muito sem ele.
Assim após dois episódios sem aparecer, Brody ocupou a maior parte do tempo desse. Nada mais justo, né? (Apesar de que quem não gosta dele talvez não aprecie esse destaque)
É interessante vê-lo em uma situação e um lugar bem diferente da segunda temporada.  O episódio inicia com ele na Venezuela, muito ferido, depois de levar tiros numa emboscada.  
Ele é levado para um prédio inacabado (a torre de David), que se mostra uma espécie de favela, sem muita noção de privacidade, controlada por criminosos armados (traficantes), habitada por tipos duvidosos (bandidos e fugitivos), além de pessoas pobres.
Os responsáveis pelo lugar cuidam do pretenso terrorista e ele entra num período de recuperação, onde luta pra reestabelecer suas forças.
Inicialmente não dá para sacar quais são as reais intenções dos personagens a sua volta. Há uma recompensa de 10 milhões por Brody, e talvez, eles estejam interessados em entregá-lo.
Mas em certo ponto, entende-se que o líder da quadrilha não irá fazer isso. Ele aparentemente está “protegendo” o ex-sargento por um favor que deve a Carrie. Protegendo dele próprio inclusive...
Brody até fala o nome dela algumas vezes (e nada sobre sua família), como se Carrie pudesse salvá-lo da situação desagradável em que vive. Coitado, ele não sabe que ela também está “presa”.
E à medida que se recupera e convive com Esme (a filha do chefe do bando,  e de certa forma  também o seu captor, o que lembra Isa), ele começa a lutar pra sair do lugar. Um lugar muito parecido com seu cativeiro no Iraque.
 Ainda mais depois da sua tentativa de fuga fracassada, onde ele quase acaba sendo capturado pelas autoridades venezuelanas, depois que o Imã de um templo onde ele procurou refúgio o denuncia : “Você não é mulçumano. É um terrorista”!
Claro que os bandidos “resgatam” Brody e de quebra matam todos no templo (até a esposa do Imã)... Assim Brody se vê mais uma vez vivo, com mortos em seu caminho, numa cela muito parecida com o buraco que viveu no Iraque.   
Ele novamente se vê prisioneiro de homens violentos e dúbios.  Tenta se manter íntegro, ser verdadeiro com seus ideais, mas é difícil nesse mundo cão.  E se sente perdido, “restando” drogas para aliviar sua dor...
Mas verdade seja dita... Brody é o terrorista mais procurado do mundo, não iria conseguir um lugar tranquilo, com pessoas boazinhas e honestas pra viver em segurança mesmo. Só me pergunto como essa situação vai evoluir, e qual será a sua participação na trama da série. Pois por mais que pareça complicado sair desse novo buraco, eu não acredito que a história central de Homeland prosseguirá sem ele se envolver diretamente.
A outra trama é a de Carrie, que também se vê presa...  no sanatório e dessa vez contra a sua vontade. Ela espera que alguém a “salve”, ou seja, que a tire desse local onde ela não pertence.
Após 3 semanas, ela tenta seguir o protocolo, mentir pro psiquiatra, se mostrar equilibrada, fazer casinhas de palito de picolé. E espera ansiosamente a visita de Saul... Que pra ela, é o único com o poder de libertá-la.
Mas ao mesmo tempo, essa espera infrutífera, mexe com seus sentimentos mais profundos... No caso a raiva, a sensação de injustiça, impotência... O que traz um desequilíbrio pra ela, e muita dificuldade de se controlar.
E nesse momento, ela recebe uma visita de um homem, mas não o que esperava, um advogado que se propõe a tirá-la de lá...
Só que por seu discurso, Carrie percebe que há alguém por trás dele.  Possivelmente algum inimigo dos Estados Unidos...
E aí Carrie mostra os seus ideais, pois apesar de taxada como louca... Ela está ciente... Ela nunca trairia o governo, nunca entregaria informações ao inimigo. Ela não é assim (comentei sobre isso na review passada).  Não é uma traidora!
Só que ao mesmo tempo, ela abdica da chance de sair do lugar da qual ela tanto quer sair... E como Brody também se entrega as drogas, que no caso dela, são receitadas.
Brody e Carrie vivem momentos similares de desesperança. Prisioneiros de situações que já viveram, e que por suas próprias pernas acabaram voltando, e estão mais desesperados pra sair... Mas dessa vez, parece mais complicado...
 Ainda que se sinta falta do jogo de cão e gato vinculado à espionagem. Esse episódio foi forte no sentido de abordar os personagens principais, ambos em situações tensas e se afundando mais no desanimo.  Algo que parece sem solução... Por assim dizer, foi deprimente, pois chegaram ao fundo do poço.  E se supõe impossível sair dele... O que deixa um sentimento de impotência e tristeza no ar.
Só que eu já aprendi que em Homeland não há situações impossíveis. Há sempre uma maneira de dar a volta por cima.  E normalmente essa volta tem muito mais sabor depois ter chegado ao fundo do poço, não?  É uma vitória bem maior após pensar que não há solução.
E embora o clima triste impere, é claro que há um caminho.  Fico pensando sobre esse advogado e seu “sócio”, quem são e quais são suas reais intenções? E referente ao Brody, quais são a intenções do seu salvador/captor? Será mesmo que como foi dito, ele morrerá naquele novo buraco?
Bem, o episódio pode não ter tido aquele clima bom como alguns esperavam (acho que até eu gostaria de um momento de alívio). Mas esse novo foco mexeu com os meus sentimentos, me fez imaginar o que aconteceria a seguir, me deixou pensando em possibilidades, houve acontecimentos intrigantes e com potencial... E assim já comecei a vislumbrar a velha Homeland de volta. E não é só isso, somente pelo retorno de Brody e pela ausência da sua família (kkk ) já gostei ... Tenho boas expectativas para o próximo, e continuo ansiosa pelo momento da virada dos nossos protagonistas.
Próximo Episódio

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