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domingo, 6 de maio de 2012

Filme de batalhas: O senhor da Guerra

 Eu tenho que confessar que filmes de batalhas (ou guerras) não me atraem muito. Entendo o mérito deles, as batalhas, efeitos especiais, violência e mortes. Mas talvez eu não consiga me identificar tanto com essa visão de homens honrados lutando por objetivos nobres, seu país, seu rei. Filmes como Ben-Hur, Gladiador, Coração valente, Rei Arthur, O resgate do soldado Ryan e até mesmo O senhor dos anéis, não estão entre os meus preferidos.  Pode ser que sejam filmes bons, mas eu não assisti nenhum deles mais de uma vez, e nem tenho vontade de assistir. Filmes de guerra que me agradam, são aqueles que mostram a sociedade como a Lista de Schindler. Entretanto há uma exceção, eu realmente gosto do filme O Senhor da Guerra (The war Lord) de 1965, com Charlton Heston. Talvez seja porque o motivo da Guerra não é algo honrado, e os homens não lutam por um país, um rei, etc.O motivo principal é uma mulher, o amor de um homem por ela. O que talvez faz com esse filme seja mais um romance do que um filme de guerra propriamente dito.
Em plena idade média,  onde os senhores  feudais mandavam na vida  dos seus camponeses. Um poderoso Duque manda o seu melhor cavaleiro Chrysagon (junto com outros guerreiros), para ser o senhor de um território inóspito na Normandia. O lugar é constantemente atacado pelos Frísios, e os seus camponeses apesar de cristianizados, ainda mantém antigos costumes celtas. Chrysagon teria que, principalmente, manter a paz no lugar, e se mostra um homem honesto e honrado (na medida da época ,claro!), apesar de um pouco arrogante em relação aos camponses. Mas ele coloca tudo a perder quando se apaixona pela camponesa Bronwyn, que está noiva e exige o direito dele (de acordo com um antigo costume) à primeira noite dela.
Assim, grande parte do filme mostra o relacionamento e reações de Chrysagon em relação a Bronwyn. E ele desafia todos os camponeses, tudo o que ele acredita e o que fazia parte da sua fomação, quando decide não devolver a moça, que também está apaixonada por ele. Talvez, seja por isso que o motivo da guerra me pareceu mais palpável e compreensível. É egoísta, e bem humano. O amor por uma mulher.
Só depois de um grande tempo de projeção é que a batalha propriamente dita começa. E gostei do que foi apresentado, as táticas de se defender dentro de uma torre e as de como invadí-la. Assim os dois lados se mostram inteligentes em seu propósito. Há muitos mortos. feridos, sangue, queimaduras, mas foi bom ver mais do que apenas músculos funcionando. O cérebro me pareceu o elemento mais importante em ambos os lados.
Bem, se trata de um filme antigo, então talvez a imagem e os efeitos não agradem tanto as pessoas acostumadas com os filmes atuais. Mas se for olhar o modo que as coisas eram feitas na época,  foi bem contruído. Eles procuram mostrar a atmosfera sombria da região. Vários pássaros, rios e vegetação estranhas, além da fotografia, davam um aspecto tenebroso ao lugar. Aumentanda ainda mais pela aura de mistério dos costumes dos habitantes locais. O modo de agir dos guerreiros também é interessante. Eles são destemidos, violentos, defensores da justiça e da paz. De certa forma são os hérois do filme (apesar de mostrar traços de vilões), e não vêem problema algum em subjugar a população e estuprar mulheres, qualquer uma que seja.
Enfim, é um filme de guerra, é um filme de amor. E eu gosto dele, é um dos poucos filmes de batalha que já revi. Não é um filme perfeito, ou talvez não tão grandioso como Senhor dos Anéis ou Ben-hur, mas me conquistou, e eu realmente o indico.

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