Busca no Blog

domingo, 1 de abril de 2012

Teorias malucas de Fringe: Entrelaçamento Quântico, é esse o mistério em volta da Olivia?

 A quarta temporada de Fringe trouxe novos conceitos e ideias interessantes. Dentre os focos mostrados, como a existência de Peter, novas linhas temporais, paradoxos, há um fenômeno que vem sendo bem explorado (e já estava sendo colocado nas temporadas anteriores), o de embaraçamento ou entrelaçamento quântico. Esse é um conceito que se ver na apresentação laranja, além de ter sido usado para explicar o surgimento de um portal permanente e a estabilização dos dois universos, a ligação entre os universos mostrados (num nível macro é claro), onde apesar da separação, problemas em um apareciam no outro, a destruição de um, destruia o outro, pois não podiam ser olhados separadamente. Há ainda o entrelaçamento quântico "emocional" visto no episódio 6B da terceira temporada, onde uma viúva entra em contato com a contraparte do seu falecido marido que está vivo no outro universo, e a máquina de escrever usada para passar mensagens pela Bolivia e outros. E claro, essa pode ser a explicação para muitas dúvidas lançadas nessa temporada, principalmente as  relativas a Olivia, e também aos poderes dessa.
Mas o que é entrelaçamento quântico? Ele seria um fenômeno onde objetos,  mesmo estando distantes, estariam ligados de tal forma, que um não poderia ser descrito sem outro, e que uma ação em um seria sentida no outro (como se uma linha invisível os estivessem conectando). Isso vai contra muitas ideias, como a de analisar sistemas, pois se esse tem uma ligação com algum sistema do outro lado do universo, eu não poderia analisá-lo separadamente (o outro pode ser movido e o daqui sofreria uma reação sem uma ação ser direcionada a ele). È como se eu jogasse um dado aqui e um dado em Marte se movesse por causa disso. Eles não compartilham moléculas, e sim estados e informações, ao alterar um estado aqui, o do outro também seria alterado, respeitando a velocidade da luz para a informação ser transmitida. Assim o tempo para se ter a reação, depende da distância entre os objetos. pois a informação chegaria ao lugar com a velocidade da luz. E essa noção de separação não precisa ser somente em relação a distância, pode se pensar em entrelaçamento quântico de objetos de diferentes universos ou até mesmo de épocas.
A ideia de entrelaçamento quântico veio da experiência mental, O gato de Schroding, onde algo poderia estar em mais de um estado ou existir em lugares diferentes, ao mesmo tempo, teriam uma ligação quântica. Mas isso não é apenas uma teoria. O entrelaçamento de subpartículas, moléculas, luzes já foi conseguido em laboratório, com objetos a metros de distância. Em nível macroscópico já foi feito com diamantes. O maior problema é manter essa ligação, que é frágil, e pode ser quebrada por qualquer interferência externa. Os cientistas conseguem mantê-la em ambientes bem controlados. Mas o mundo não é controlado e para se usar nele, a ligação não pode ser quebrada por interferências.
 Entretando já li sobre uma aplicação prática desse fenômeno, a criptografia quântica. Atualmente na computação, criptografar é algo muito complexo, já que demanda uma boa capacidade de processamento, e normalmente é  feito em aparelhos maiores. Foi criado um cartão inteligente (portátil) que usa a criptografia quântica. Esse cartão está em vias de lançamento e pode aumentar a segurança de dispositivos móveis, por exemplo.Outra possível aplicação, seria o computador quântico, que está sendo bastante pesquisado, usando moléculas entrelaçadas as informações (0 e 1), poderiam ser transmitidas com uma velocidade muito maior do que as de um computador eletrônico. Há ainda algo mais incrível, o teletransporte quântico, que poderia ser tanto uma forma de clonagem como um teletransporte e nesse ponto traz discussões filosóficas. O que seria um ser humano, o seu conjunto de moléculas ou as informações contidas nelas? A sua massa ou seus dados? Se levar em conta que somos as informações. No teletransporte quântico, a ideia seria pegar, por exemplo, uma pessoa ( pode ser outro animal, ou mesmo um objeto) e transmitir os seus dados para um lugar qualquer, lá bastaria ter as moléculas necessárias para formá-la  (novamente ) com tais informações, e assim para ela era como se fosse transportada para outro lugar, o único problema seria que as moléculas e as informações dela continuariam existindo no lugar inicial, e a menos que essas fossem despedaçadas de alguma forma, haveria um clone ( bem ficção né, me lembrou o grande truque, haha).  De qualquer forma, se isso for realmente possível, acho que os cientistas ainda estão bem longe de fazer algo desse tipo.
Não sei se ficou muito claro, mas de qualquer forma esse conceito é muito complexo. E vale a pena ser estudado. Fringe como sempre vem colocando ideias malucas na minha mente, e me faz pesquisar os seus assuntos, as suas bases científicas. Eu gosto muito. Bem, toda essa coisa de entrelaçamento quântico, esclareceu alguns pontos da quarta temporada, e trouxe algumas ideias sobre ela e a série em geral. Olivia sempre teve essas habilidades mentais, como sonhar com as ações de Nick Lane, empatia, atravessar universos, "recuperar memórias" de algo que talvez deixou de existir, telecinésia, dentre outros. Uma boa quantidade de poderes, né?  E a série normalmente explica as coisas numa base científica, certas vezes até quando se refere as crianças tratadas com Cortexiphan. Já chegaram explicar a base das habilidades de algumas delas. Mas os da Olivia?  Qual é a base dos seus poderes?  Eu formulei uma. Hummm, na minha opinião, Olivia tem a capacidade de controlar entrelaçamentos quânticos, podendo criar e mover conexões, transmitir e receber informações. Que poder, hein? Vem com uma gama de habilidades. Bem, se eu pudesse escolher um super-poder para mim, seria esse. É algo bem poderoso, é um multi-poder, haha. Então, será que eu viajei muito, ou tem alguma lógica nessa ideia?

9 comentários:

  1. Li seu comentário no série maníacos e concordo plenamente rsrs. Ai vim aqui da uma espiada e gostei muito do post parabéns.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada, Renan, acredito que o comentário que você se refira, seja relacionado a ser o mesmo universo mas não ser exatamente o mesmo, pois o universo anterior (deixou de existir) se transfomando nesse. È complexo, eu sei, haha. Que bom que você gostou do post, aliás eu escrevi outros sobre temas científicos de Fringe, inclusive sobre universos paralelos, e vez ou outra escrevo mais coisas. Espero que volte e goste de outras postagens.

      Excluir
  2. O episódio 4x18 de Fringe trouxe algo bem parecido, com as ligações entre as mortes nos dois mundos, uma ligação entre os personagens dos dois universos. É bem interessante as novas teorias físicas, porém como você mesmo falou bem complexas, mas sempre vale a pena coisas novas. E continue com os ótimos post.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada, Filipe. Também achei que o episódio 4x18, tem ligação com essa ideia, aliás muita coisa em Fringe usa o entrelaçamento quantico como base (inclusive muitas dessa temporada). Eu adoro ler sobre essas teorias, quando eu assisto é como se eu soubesse mais sobre as histórias, as suas bases. Ah, continue acompanhando os posts, provavelmente haverá outros sobre esses temas e Fringe.

      Excluir
  3. Oi Cíntia muito bom o texto, bem explicativo... somente uma colaboração, se me permite, você disse que a velocidade com que os objetos (ou partículas mais precisamente) entrelaçadas quanticamente trocam informações respeita a velocidade da luz. Na verdade essa troca de informação acontece instantaneamente, se pudesse ser considerado velocidade seria imensamente maior que a velocidade da luz, pois troca informações instantaneamente não importando a distancia que os objetos estejam separados, tem um documentário chamado Through the Wormhole que tem um episódio que trata somente sobre esse tema, sou viciado em novas descobertas da ciência também já devorei essa série algumas vezes rs. http://pt.wikipedia.org/wiki/Entrela%C3%A7amento_qu%C3%A2ntico aqui fala algo sobre isso também...
    Com relação a sua teoria sobre o emaranhamento quantico ser responsável pelo poderes da Olívia acho bem plausível e se algum dia tu conseguir esse poder pra ti me ensina também???? :P

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, obrigada. Valeu pela colaboração, nos textos que eu li todos diziam que a velocidade da troca de informação respeita a da luz, mas esse trem de ciência teórica é um pouco complicado, como é teoria eles podem mudar isso, não sei dizer qual é o correto então, como disse os textos que li, focavam bastante esse ponto de não ultrapassar a velocidade da luz. Ahh, quem não queria esse poder né, hahha? Já vi gente falando que na última temporada Olivia valia por todos os xmen, haha ou era o como o Peter de Heroes.

      Excluir
    2. O mantra dos cientistas né: só sei que nada sei...
      Bahhh nem fale o Peter era o cara, pena que heroes virou no que virou :/ mas né... nossa fringe continua ai cada vez melhor \o/

      Excluir
    3. Bem, algumas coisas são difíceis de provar e saber ao certo como funcionam né? Quanto a Heroes eu nem vi o final, haha, parei se não me engano no inicio da terceira temporada, tava desanimada! Já Fringe é foda!

      Excluir
  4. Ahh sim eu também não tive paciência pra assistir heroes até o final não, o que me indigna é que a história era muito boa na primeira temporada e os caras estragaram ela :/ fazer o que né...

    ResponderExcluir