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domingo, 1 de agosto de 2010

Ela e a liberdade

Ela foi procurar a pessoa que podia responder as suas perguntas. Queria saber se era possível realizar o seu maior sonho: ser livre. E recebeu a resposta que esperava: seu sonho era impossível. Ela não conseguia viver mais daquela maneira. Não continuaria na mesma. Ainda mais agora, quando não tinha mais esperança.  Sua vida não fazia mais sentido. Não tinha amigos e tinha medo de fazê-los, não tinha família, ninguém a quem podia dar e receber carinho.  Não tinha confiança no homem que amava, e por isso, eles não ficavam juntos. Sua vida era vazia. Não restava nada a não ser ... acabar com tudo, sair daquela prisão que era  a sua existência, mas não era  a sua alma. Escreveu uma carta e apontou sua arma para a cabeça. Fechou os olhos e pensou no fim. Escutou a campainha e logo após uma voz  que chamava o seu nome. Era a voz dele. O seu amado a chamava. Resistiu, apertava o gatilho ou atendia a porta? Guardou o revólver. Deu alguns passos e abriu a porta. Lá estava ele. Eles conversaram. Ele dizia que não podia mais protegê-la,  que ela não poderia continuar resistindo, por que não continuava agindo da forma habitual? Mas ela não se importava mais com isso. Quem sabe se tudo fosse diferente para os dois? Quem sabe?
------- Postagem vinculada: Ele e a ordem

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