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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Homeland - 02x07: The Clearing (Review)

Que tal arrecadar fundos para Brody e Carrie?
O episódio anterior claramente nos deixava dúvidas sobre a real conversão de Brody ao trabalhar com a CIA. Mas esse larga tal aspecto, e foca outro lado dessa cooperação.
>>>>Spoilers Abaixo<<<<<
Basicamente segue a visão de Brody. A pressão vinda de todos os lados, o trabalho no “escuro” (sem informações diretas, tanto da CIA como de Nazir), mentiras , e o relacionamento dele com os demais.
Considero somente a trama de Saul e Aileen (a mulher que foi capturada no episódio “The Weekend”) realmente paralela a essa história principal.
Nessa trama, Saul tenta identificar o misterioso terrorista que apareceu na semana anterior. Como Aileen diz que o reconhece, ele precisa correr contra o tempo para obter as informações concretas dela.
Com lembranças do passado, conversas pessoais,  ele acaba sendo enrolado por ela e suas exigências. Pois a moça não queria nada mais do que passar um dia agradável, e ter a oportunidade de se matar.
Saul é um personagem que gosto muito, ótimo nessa arte de obter confissões, sensato, um bom homem (adoro o seu modo de agir, e muitas das suas atitudes nesse episódio). Ele tem emoções, o que talvez o torne um personagem querido, mas nessa ocasião, seu apego a Ailleen o fez ser enganado. Coisa que ele nem eu esperávamos.
Mas é algo que só o torna humano. Sem contar que ainda podemos traçar um paralelo entre ele e Carrie (que também já foi e ainda pode estar sendo enganada por Brody), e em relação ao seu “carinho” por mulheres problemáticas (Carrie e Aileen, por exemplo).
Já Brody não está conseguindo informações sólidas sobre o atentado terrorista, e vai a uma fazenda com objetivo de arrecadar dinheiro para a campanha de Walden (e dele como vice- presidente).  E ahh, segundo Roya, ele deve fazer o atual VP muito feliz.
Mas problemas o cercam nessa viagem. Começando por Jessica que fala sobre as suspeitas de Mike em relação a Brody ter assassinato Walker. O interessante é que ele admite certa culpa na morte do ex-colega, mas não o assassinato mesmo, né? Ele se livra com uma meia verdade.
E a trama de Mike se cruza nesse ponto (olha, não me irritei com ele nesse episódio, hahaha),  Carrie, que  se tornou a mestre na arte do convencimento em relação a Brody e seus agregados, conversa com o militar, que dessa vez parece ter sido convencido.
Também ela usa argumentos bem sensatos, mostrando seu conhecimento sobre o amor de Mike por Jessica. E até coloca algo que eu pensei e escrevi na review passada. Mike se acha imparcial, mas no fundo ele fez aquilo para voltar a ter Jess.
E ainda nas falas de Carrie dá para ver certos sentimentos e desejos pessoais em relação a Brody . Ela foi bem sincera e adorei a conversa. Considerando que os dois querem seus amados livres podia até acontecer uma aliança entre eles no futuro, hein? Brincadeira.
O próximo passo de Carrie foi falar com Brody para tranqüilizá-lo (ou manipulá-lo?). E ele estava uma pilha de nervos. Também é pressão por todo lado, até mentir para pessoas legais e inconvenientes, sempre estar representando. Acho que desse jeito Nazir nem vai precisar de uma bomba para o atentado, é só mandar Brody, pois ele está prestes a explodir, hahaha.
Mas com ela, Brody foi honesto. Adoro essa idéia de que pelo menos com Carrie, ele pode falar a verdade (espero que ele não a traia nesse aspecto). É essa química, essa conexão natural, onde ambos podem ser sinceros, mesmo que haja mágoas entre eles.
E nesse ponto, eles finalmente cedem à tensão sexual quase mágica que possuem, e se beijam.  Uma série de sentimentos contraditórios surge na tela. Vontade, atração, paixão raiva, decepção, dúvida.  Tudo tão sensual.
Entre beijos, Brody pergunta o motivo daquilo, seria real ou manipulação? Carrie não sabe a verdade, e não mente. E ele até mostra os seus sentimentos por ela (pela primeira vez talvez). Mesmo sabendo dos outros interesses envolvidos, ele diz: “Dois minutos com você e me sinto bem.” Depois ele mostra raiva, mas essa frase foi o mais perto que ele chegou de uma declaração de amor. Adorei.
E depois há a bela cena que ele nada sozinho e mostra certo alívio, talvez o único alívio que teve durante muito tempo.
Só que ainda há o problema de Dana, que junto a Finn atropelou e matou uma mulher. Jessica até então tinha lidado com a situação de uma forma que gostei. Pois achava que ela ia sucumbir à pressão política e não enfrentaria os Walden, que querem esconder a história. Aliás, esse é um dos poucos episódios que gostei de todas as atitudes dela, pois não agiu pelas aparências e sim pelo certo. E mostrou personalidade.
Brody é informado sobre o atropelamento, esquece que deveria deixar o hipócrita Walden muito feliz, e decide fazer o certo. Admirável! Mostrar o correto para os filhos, ser um exemplo. Nunca esperei essa conotação para a história de Dana.
Mas Estes que observava tudo,usa o seu “trunfo”. E manda Carrie convencê-lo a mudar de atitude.
Dana que vê a mudança do pai, sai decepcionada e revoltada. Logo ela que é o ponto fraco dele. E bem, será que o fato dela ter visto Carrie não trará problemas para o casamento dos pais?
Acho interessante a forma que a CIA (Estes e até Quinn) tem usado Carrie e seu relacionamento com Brody, que antes era bem contestado. Mas agora, eles aproveitam dessa ligação e o efeito que causa em ambos para manipular Brody e talvez até Carrie.
Quando a situação fica complicada, a tensão é tremenda em Brody, e esse começa a vacilar ou agir de forma que não querem. È Carrie que vai acalmá-lo, convencê-lo, interrogá-lo e obter informações dele. Sem Carrie trabalhando assim, acredito que não teriam conseguido nada do congressista ou que ele que já teria estragado tudo.
Enfim, esse episódio deixou um pouco de lado a perseguição ao atentado terrorista e focou os personagens, seus sentimentos e relacionamentos, além de unir as tramas deles (gostei do modo que reuniram as estórias). Li algumas opiniões de gente que o achou ruim. Mas eu não, adoro quando mexem com as histórias pessoais. Para mim, esses personagens e as situações complexas que vivem é o grande trunfo de Homeland. Então, em minha opinião, foi um ótimo episódio (mas como nada é perfeito, lógico que teve falhas), e claro estou bem ansiosa para ver Brody “explodir” no próximo.

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