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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Substitutos

Bem, esses dias eu li uma história em quadrinhos bem interessante: “Substitutos”, sim, essa história deu origem ao filme (com o Bruce Willis) lançado recentemente, e o fato de eu ver o filme me influenciou a ler a história( senão como saberia que ela existia?), não que eu tenha virado fã do filme, achei ele apenas legal, mas a premissa do filme é interessante e poderia ter rendido mais, pois a história tem um grande potencial.
Em 2054, a sociedade norte-americana está completamente diferente da atual, as pessoas na rua, no trabalho, não são mais pessoas de carne e osso, e sim robôs controlados mentalmente por humanos. Esses robôs, chamados de substitutos, tem a imagem que o seu dono quer, podendo o seu operador ( o humano que controla o robô) , ser de gênero, raça ou qualquer outro detalhe diferente do robô. Além disso, os substitutos executam as tarefas diárias como cozinhar, arrumar a casa, trabalhar e até se divertir: eles fumam, bebem e fazem sexo no lugar do operador, que sente os efeitos apenas mentalmente. Nesse contexto os policiais Harvey Greer e Peter Ford começam a investigar a eletrocução e a completa inutilização de alguns substitutos. E se deparam com uma trama que pretende acabar com a era dos substitutos.

Harvey Greer é o personagem principal da história, no seu primeiro quadro se nota uma diferença em relação aos outros personagens, afinal se seu substituto poderia parecer com quem ele quisesse, porque ele é gordo e está na meia idade? O fato de seu substituto ser tão parecido com o Harvey verdadeiro já mostra que ele não o usa para viver outra realidade. Desde o início, ele parece insatisfeito, mostrando claramente para sua mulher Margaret que ele quer um contato com ela e não com a sua substituta. E quando seu substituto é jogado de um prédio, ele recusa usar um reserva, passando a investigar o caso em carne e osso, mesmo correndo os riscos que a atividade policial trás, riscos que há muito tempo não corria e que de certa forma o faz sentir vivo. E assim, o leitor ver o mundo através dos olhos de Harvey, um homem insatisfeito com o mundo superficial em que vive.
A revista é cheia de extras, a cada capítulo há um texto sobre algo relacionado à história: como uma reportagem sobre as vantagens dos substitutos na sociedade, uma entrevista sobre o profeta, o líder religioso anti-substituto, um anúncio publicitário, uma reportagem “histórica” e etc. Extras que de certa forma me colocou dentro da história, me fez entender determinados aspectos do mundo de 2054, e tornou a história bem crível e realista, como se o mundo dos substitutos pudessem realmente acontecer no futuro. Os desenhos também são agradáveis, com seu estilo de pintura.
De certa forma, a história pode servir como aviso a sociedade atual, uma sociedade muito preocupada com a beleza e que vem criando diversas tecnologias para atender as pessoas nessa busca da beleza padrão.

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