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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Homeland - 03x12 - The Star (Review - Final de Temporada)


Postagem episódio anterior:Big Man In Tehran.
Após ver o season finale, precisei de tempo para me recuperar e escrever essa review. Além de ler e pensar bastante. Isso foi necessário para colocar as ideias em ordem... É, esse episódio conseguiu me marcar de uma forma, e até agora não sei se estou completamente recuperada.
>>>>> Spoilers Abaixo <<<<<
Mas vamos a ele.  “The Star” foi coerente, bem feito, com um rumo consistente, soube emocionar e prender, mas me deixou muito triste.
Podem dizer que foi surpreendente, apesar de que não acho que foi tanto ( a atitude foi ousada e arriscada admito). Já que no resultado final aconteceu justamente o que estava insinuado há alguns episódios atrás, ou pelo menos o que estava fortemente nos nuances do anterior, de que não tinha como Brody escapar dessa situação.
Só que se tratando de Homeland que muitas vezes arrumava uma reviravolta quando as coisas pareciam bem trilhadas, já tendo livrado Brody assim noutros casos, talvez esperássemos algo, mas não ocorreu dessa vez.
E aos meus olhos, o episódio começou de forma estranha. Pois eu pensava que os problemas viriam desde o início. Brody estava num prédio inimigo, cheio de seguranças. Mas estranhamente, conseguiu escapar de lá com muita facilidade.
E depois veio os seus momentos com Carrie. Eles precisavam disso, era uma forma de despedida e dar falsas esperanças (a nós e a eles).
Brody, mais uma vez, estava cheio dúvidas. E eu gostei da discussão sobre como se redimir de um assassinato cometendo outro.  Realmente é tão contraditório e cai no tom cinza do mundo. E de certa forma, foi assim que ele se redimiu, com isso e sua morte.
Mas também há de se pensar que ele não tinha mais lugar no mundo. E até mesmo Carrie que possui uma dificuldade gigantesca de aceitar as coisas quando não seguem o rumo que ela gostaria, admite isso. Apesar de que no fim, ela consegue convencê-lo de que uma vida mesmo que incerta e ruim, era melhor do que a morte.
Para isso ela joga na mesa a sua gravidez.  O que serviu pra tranquilizá-los, e os reaproximarem. Só que ao mesmo tempo, há de se pensar que o fato dele saber disso não trouxe nenhum desdobramento futuro, serviu apenas para aquele momento, e achei uma jogada estranha. Pensei que essa revelação teria um impacto e um propósito maior.
 Mas deixando isso de lado, ainda quero falar de algo que aconteceu nesse ponto. A atitude de Saul. Eu penso que finalmente ele fez a paz consigo mesmo, e ficou orgulhoso das suas ações.
Durante essa temporada, o que estava ficando evidente era que ele colocava a importância da sua missão bem a frente da vida dos envolvidos nela. Eu imagino que isso deve ter lhe criado um debate interno. Até porque Saul é um tipo que valoriza os agentes. Só que nesse ano, isso parecia ter desaparecido, o que criou uma rusga com Carrie (a sua mais fiel e querida pupila).
Quando ele resolve resgatar Brody com todos os riscos pessoais envolvidos além de potenciais problemas para a missão, talvez tenha sido uma maneira de provar a sua humanidade a si, e um jeito de se acertar com Carrie. Sabe aquelas ações que você sabe que é moralmente certa apesar de lhe trazer desvantagens imediatas? E mesmo quando não dá certo,  há aquele pensamento do orgulho próprio? Pelo menos eu agi de acordo com meus princípios? Pois é, acho que Saul deve estar com um pensamento assim.
Mas embora ele tenha tentado, as coisas não funcionaram.  Pois houve um daqueles momentos onde algo tem que dar errado em Homeland.  No caso, Dar Adal meio que se vende a Lockhart.
Brody foi capturado, mas ele ficou em paz com esse destino. Seria uma forma redentora de morrer e ele estava cansado. Tudo bem que o enforcamento foi uma cena forte,  só que ele provava a si e a CIA que era um herói. Foi uma morte “bonita”. E me abalou ( a vida é dura, será que vale a pena esse mundo cão? kkk).
E eu que gostava tanto do personagem, até chorei com Carrie, viu? ( a todo momento torcia e achava que  ele ia fugir, ou depois do enforcamento, pensava que ele apareceria numa sombra, surgiria de um canto, ou sendo torturado numa cena final em algum buraco no oriente médio). É difícil aceitar até agora, e já vi pessoas com teorias sobre uma possível volta dele ( tá, eu até queria, mas sem mais evidências vou encarar que ele morreu  mesmo).
O problema é que Brody não era só um personagem que eu gostava, para mim ele era alma da série. Os episódios sem ele “guiando” a trama nessa temporada foram a pior fase de Homeland. É muito difícil acreditar que isso não acontecerá mais, que não vai ter mais Carrie e Brody e o rebuliço que esses dois, o choque de ambos que causava o algo a mais em todos a sua volta e na trama de espionagem. Quando essa interação entre os dois começou, eu me senti irremediavelmente presa e viciada. E também não terá mais a dubiedade e dilema do sargento. Sem Brody o que será de Homeland?
 Mas antes de aprofundar essa questão. Quero falar de Carrie. Como era de se esperar até o último momento ela tentou manter a esperança de que podia mudar o destino de Brody. Nada daquilo valeria a pena se ele morresse ( kkk, será que tô nessa vibe da Carrie?)
Só que Javadi com um insight impressionante (até por que ele mal conhecia Brody e Carrie), tira da cartola a motivação dela. Ela havia conseguido o que queria, “todos” viam Brody com os olhos dela. E essa motivação é verdade desde o início quando ela o via como um terrorista, e depois quando passou a vê-lo como herói.
E ainda há o telefonema, que foi de uma tristeza profunda, e mostrando os sentimentos deles, não havendo um “Eu te amo”, o que talvez tornasse a cena piegas. O silêncio deixou essa parte mais forte, mais Homeland  ( e não vai ter mais disso! Snif!)
E claro que Carrie não acatou o último desejo de Brody. Ela nunca foi uma mulher de fugir da tensão, e tinha que estar lá.  E mesmo que ele não quisesse isso, talvez ele precisasse do que aconteceu. Assim como ela, para fechar as coisas e para acreditar. Ela chamou o nome dele, eles se viram pela última vez. Era necessário. O fim do ciclo de Homeland. O fechamento doloroso e angustiante.
Mas o episódio não acaba. Quatro meses depois é Saul que vemos.  Diferente da primeira temporada, ele não está sozinho, e mais do que isso, parece em paz e feliz. Meio que cumpriu a missão da sua vida, conseguiu manter os seus princípios e saiu da CIA orgulhoso, apesar de ter certo rancor pelas ações de Lockhart.  Como tem outra temporada há de se pensar até quando ele ficará longe da agência, mas de qualquer forma, para mim esse seria o final ideal dele. Saindo tranquilo pela porta da agência, sem olhar para trás,  com “fãs” lá, e pronto para trabalhar no setor privado.
Já Carrie está em uma situação diferente.  A aparição dela nessa parte do episódio me causou estranheza, desconforto até. Do trio principal talvez ela seja a única que não conseguiu o que almejava.
Eu sei que ela sempre teve ambições profissionais, até porque ela acha que com isso pode fazer a diferença e proteger inocentes.  Agir pelo bem maior. Isso é muito forte nela.
Só que vê-la calma, política, sorrindo com Lockhart foi tão diferente para a personagem. A verdade é que depois de 4 meses, imagino que ela já deve ter dado as suas crises de revolta, mas mesmo assim, não sei. Na sua conversa com ele, ela ainda falou de Brody, da estrela que ele merecia. Mas a reação à recusa dele foi tão serena.
 O fato de ela continuar trabalhando tão pacificamente, a proposta e o aceite da promoção é muito estranho para mim. E não é só por ele ter entregado o homem que ela amava pra morte, um agente (um herói), sacaneado Saul ao tirá-lo da agência (isso mesmo, aquele que era quase um pai para ela), dela continuar com poucos aliados confiáveis lá, mas Lockhart é simplesmente um cara que não valoriza a vida dos seus funcionários, sabemos que não pensaria duas vezes ao entregar qualquer um quando enfrentasse o mínimo problema numa missão, e também usa artimanhas duvidáveis para tirar pessoas do seu caminho.  Enfim, ele é um ótimo político, mas não valoriza a vida e não me pareceu um bom estrategista de missões, pelo menos não como Saul.
E Carrie sempre valorizou a vida do seu pessoal, tentou e lutou pra salvar seus aliados (não falo só de Brody, me lembro daquela mulher, a “namorada profissional” da primeira temporada),  sempre quis dar os méritos devido a quem merecia ( Brody,  a tal namorada profissional). Como ela pode trabalhar pra Lockhart assim? E pensando que seu trabalho dará certo?
Acho que do trio principal, ela talvez seja a única que não está orgulhosa de si, das suas ações, da sua perspectiva de futuro.  Pelo menos feliz ela não está, e isso se vê na conversa com sua família. Aliás ela aparenta estar sofrendo muito (e consegue conter isso no trabalho!!!).
Em relação a ser mãe, escolha que ela seguiu para manter um pedaço de Brody consigo. O que talvez num momento anterior pareceu certo pra ela, agora deve ser a decisão mais errada na sua cabeça. Pois sua filha deve lembrá-la de Brody, o que lhe traz uma tristeza profunda que ela quer tanto esquecer. Além de muito medo antecipado, já que ela realmente nunca foi o tipo de mulher padrão pra ser mãe (cometeu muitas estripulias na gravidez inclusive).  E sua profissão não ajuda.
As pessoas que se importam de verdade com Carrie, a aconselham não deixar a criança, só que há indicação de que ela está propensa a seguir o contrário. E esse ponto, Carrie, sua carreira e família é o que ficou pendente nesse final de temporada.
Eu realmente não sei como interpretar totalmente a ação dela ao fazer a estrela para Brody.  Foi belo. Sei que é uma maneira de dar algo que ela achava que ele tanto merecia. Uma homenagem, a justiça, o ato heroico do homem que ela amava. Mas será que essa atitude mostra alguma mudança na sua decisão ou apenas a permanência?
Assim, não consigo imaginar a próxima temporada.  O que vai acontecer? Uma trama totalmente nova. Uma nova série. Pois esse episódio pareceu tanto um series finale.
Quero pensar que isso vai ser bom, uma nova série com um novo rumo que com o talento dos roteiristas se mostrará tão instigante quanto o que já vi. Estou torcendo para isso, e gostaria de ser surpreendida nesse sentido.
Mas sem Brody é duro acreditar... É difícil pensar em Carrie sem ele (até porque estranhei essa agente controlada do final), assim é complicado imaginar Homeland sem Brody. Os elementos básicos que faziam dela especial pra mim estava nesses dois personagens juntos. Eu não quero que Homeland se torne uma série de espionagem qualquer. Mas sem ele tenho a impressão que se tornará.
Já vi muitos comentários de gente que vai desistir da série, seja por que ficou chateado com a morte de Brody, ou por estar satisfeito , mas considera esse o seu final, já que  não vê atrativos sem o personagem.
Por minha parte fiquei muito triste com a morte, mas penso que foi um excelente episódio. Seria um series finale digno, apesar de bem melancólico.  E realmente imaginar Homeland sem o personagem ainda parece difícil para mim.  Meu interesse pela série diminuiu consideravelmente.
 Só que há uma quarta temporada confirmada. E resta uma coisa pequena que ainda quero ver (não gosto de deixar histórias incompletas). Não quero saber quem a CIA irá combater no próximo ano, por mim o Saul continua do jeito que está, muito menos me interesso em saber sobre Peter Quinn, Dar Adal, Fara ou Lockhart (a menos que esse tenha uma morte digna de Estes, e nesse caso só veria a cena da morte mesmo). Mas  Carrie ainda está com o destino indefinido, e quero ver como ela irá agir com a questão da família. Se for pensar é um interesse bem menos instigante (é algo mais novelesco mesmo), uma sombra do que já foi a minha vontade em ver Homeland.  Mas ao menos há isso e assim pretendo ver a próxima temporada.  E vocês, vão continuar ou vão largar? Chorem suas mágoas ou deixem suas satisfações ou esperanças com esse fim de temporada aqui (isso se alguém chegou ao final dessa longa review, kkl).

12 comentários:

  1. Bom, como você já sabe, eu gostei porque "fechou" tudo e agora vem aí um "reboot".

    Se for pra algo instigante, ótimo, senão, você esquece, abandona e guarda pra sí como final o episódio aqui comentado. Uma parte de mim acredita que o Brody poderia ter escapado e só não escapou por preguiça dos roteiristas. Preferiram encerrar tudo pra começar do zero, muito mais fácil que amarrar tudo e relacionar com a nova trama que planejaram pra próxima temporada. Mas, isso pode ser só coisa de "viúva do Brody"(a lá Doctor Who kkk) que queria que ele continuasse de qualquer jeito na série. Minhas opiniões, reclamações, etc referentes a esse final vou comentar você sabe onde kkk se comentar aqui não sobra nada pra "lá".

    Não achei a review longa não, e imaginei que você sofreria um baque ao ver o episódio pelos acontecimentos apresentados. Comento mais depois "lá".

    Abraço,

    Jack

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    1. A série realmente deve pegar um novo rumo... Uma nova série, li uma entrevista do Alex Gansa e ele deixou isso claro.
      Vamos torcer para a nova série ser instigante claro. Acho que ainda tô com muito saudosismo, mas é esperar para ver no próximo ano.
      Acho que podia ter escapado, bastava fazer as coisas diferentes, mas acho que eles preferiram não investir mais no personagem, o que se fala era que ele devia ter morrido na primeira temporada mesmo, então eles já colocaram mais do que queria dele. Mas é uma pena já que Brody é um baita personagem, e foi o que guiou a serie até agora.. E em Homeland sempre daria pra fazer malabarismo. Foi um jogada arriscada e corajosa, vamos ver o que vai dar. Talvez fosse interessante que pelo estilo de série que Homeland é, ela tivesse poucas temporadas (acho que séries podem ter muitas temporadas, mas o estilo de homeland com essa trama de personagens dubios estaria fadados a poucas, penso),o. Eu tenho medo que eles a alongue muito e se percam como já fizeram com outras ´series. Mas vamos ver. Talvez, fosse bom se ela tivesse acabado aqui, talvez acabe na próxima, não sei. E se descaracterizar basta parar de assistir .
      Essa acho que foi a maior review de Homeland que escrevi, que bom que vc não achou longa, mas a verdade é que os season finale tem review mais longas mesmo, ainda mais esse que foi quase um series finale... Pois é abalada fiquei sim. Não por que era surpreende, mas talvez por causa da força do personagem pra mim, e por ser difícil despedir kkk. Comenta lá sim.
      Beijos

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    2. Só pra complementar kkk, algo que estranhei um pouco ao ler a entrevista do Alex Gansa é que ele disse que essa temporada era uma preparação pra a ausência de Brody, que os episódios que ele não estava era meio que um teste pra a falta dele. Se for um teste acho que falou tremendamente, pois quando eleestava fora da trama principal, vivemos o pior momento de Homeland pra mim kkk. Assim, isso me deu um pouco de medo da próxima temporada, pois no caso eles teriam que fazer bem melhor do que o que vimos nesses episódios de "teste" para me agradar.

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    3. Deixando a discussão aprofundada de lado, eu adorei a reta final da temporada(olhando de modo geral, no todo). E adorei sua review. Valeu a pena esperar por ela. Parabéns.

      Abraços,

      Jack

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    4. No fim a temporada ficou boa né? E obrigada, que bom que você gostou, essa review foi escrita com um pouquinho de amargor na boca, e eu realmente não sabia se isso iria afetá-la.

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  2. " Mas é uma pena já que Brody é um baita personagem, e foi o que guiou a serie até agora..."

    Nossa ainda n acredito.rsrs Mas enfim, graças a Deus ele n morreu de verdade.rsrsrs

    Não sei se eu vou continuar assistindo, mas com ctz. estarei sempre aqui lendo tudooooo q vc. escreve.rsrs Eh fofinha mais um ano...e agora sem o nosso querido ator em Homeland. Agora q o cabelinho dele tava crescendo....ohhh meu Deus....q raiva.rsrs E pelo jeito o Quinn vai fazer par com ela nessa nova fase em Homeland, e será muito dificil assistir.
    Sempre adorei as suas palavras sobre a série...msm qdo vc. escreve um livro.rsrsrs; mas eu adoro, pq vc. eh apaixonada por Homeland como eu.:) Um Feliz Natal....c muitos momentos felizes...p vc e toda a sua familia. Beijinhos queridinha....e q venha 2014....

    Nezinha.

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    1. Pois Damian tá vivo kkk. E realmente é difícil acreditar que Brody morreu. Espero que leia mesmo, vou dar uma chance ano que vem, e enquanto estiver vendo pretendo escrever. Pois é né? Logo quando deixava se ser careca kkk. Olha o Quinn deve trabalhar com a Carrie, mas eu não queria um romance entre eles não kkk, isso pode me fazer largar a série, kkk, ainda mais se ficar aquela coisa como se Brody não significasse nada. Sem contar que acho esse tipo de medida um tanto clichê, e penso que Homeland pode ser mais do que isso. Carrie não precisa de um relacionamento sério, pode ficar nos casinhos sem compromisso. Mas vamos ver, né? Espero que não.
      Fico feliz que goste das minhas reviews, kkk, essa foi a mais longa que fiz mesmo, mas como desculpa, digo que foi quase um series finale. E sim, eu era muito apaixonada por Homeland, vamos ver se continuo daqui pra frente. Um ótimo Natal e um maravilhoso Ano Novo para você. Beijos,

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  3. Podemos dizer que Carrie foi um dos personagens mais complexos da história - ao lado de Brody, Saul, Dar Adal e Quinn... Seria possível esclarecer as seguintes dúvidas:

    – Gostaria de ver a Homeland revelar como a CIA explicou Brody no Irã e sua morte à imprensa americana. Claramente, Javadi ser capaz de levar o crédito por capturar Brody ajudou sua causa no Irã, mas o governo dos EUA revelou o papel de Brody no assassinato de Akbari? O nome dele foi limpo para o atentado da CIA? Adoraria saber o que pensaram.

    – Outro fio solto: Paul Franklin e o assassinato do "verdadeiro" bombardeiro da CIA. Acabou de fazer isso... por que??

    Carrie foi publicamente humilhada, agredida, dopada, levou um tiro e colocou sua vida em risco inúmeras vezes sem hesitar, apenas para fazer com que os outros vissem Brody como ela o via… e conseguiu. Abu Nazir, a CIA, Jessica e o próprio público da série, ninguém chegou sequer perto de enxergar Brody com a clareza que Carrie sempre enxergou. Carrie sempre leu Brody como ninguém.

    Ah, o dialogo da Carrie com o Javadi foi foda, vai ficar como um dos momentos marcantes da série, sem duvida nenhuma!
    "E o que você queria, que era que todos vissem nele o que você vê. Isso aconteceu. Todo mundo o vê pelos seus olhos agora...''

    - Como Carrie enxergava Brody? e como os EUA passou a vê-lo? e o Mundo?

    A 3ª temporada não correspondeu à 1ª e 2ª como deveria ser.

    Comparado com a maioria das temporadas foi fraco, já que o enredo e os problemas do enredo que foram esquecidos ou abordados brevemente se destacaram na temporada 3. Não houve "caça" nas cenas de Brody no início da temporada para fazer parecer que ele era realmente desejado NOS.

    Onde Roya Hammad e seu parceiro terrorista Mister X estavam?

    Nunca recebemos uma explicação para os acontecimentos em torno de como o carro de Brody foi movido e seu envolvimento, apenas o que obtivemos foi o "verdadeiro" autor da bomba na CIA em um hotel que devemos acreditar ser um super salto que mudou o roteiro. Para tal investimento em contar histórias em torno da família de Brody nas últimas 3 temporadas, para ele simplesmente desaparecer do jeito que ele fez, foi uma perda de tempo - para piorar o enredo de Dana, era raso.
    E todas aquelas cenas sobre Mike e a esposa de Brody continuamente apaixonados um pelo outro, e apenas terminar na terceira temporada foram inúteis - e o filho de Brody desapareceu. E os amigos marinhos de Brody que pensavam que ele fazia parte da conspiração?
    E a subutilização de Quinn ao longo da temporada após ser fundamental no início da estreia da segunda temporada.

    Todos pontos positivos, eles deveriam ter feito da pátria um show dessa 3a temporada e abordar todo enredo possível!

    Claire Danes e Damian Lewis nos deram, nas palavras de Damian, "dois pássaros de asas quebradas meio que mancando e circulando um ao redor do outro" em Carrie e Brody de uma forma tão convincente que mesmo que realmente terminasse em lágrimas, foi um GRANDE PASSEIO enquanto durou. E se você sente falta desses dois tanto quanto nós, você pode querer reviver o AMOR com Carrie e Brody: Foi Amor? SIM.

    Homeland teve um final sensato, fechou todas as histórias de Carrie, enquanto continuou a história da rivalidade dos Estados Unidos e Rússia em andamento. A série se encerra, mas não termina, só que melhor do que isso foi vermos durante todos esses anos atuações incríveis de Claire Danes, Damian Lewis, Rupert Friend e Mandy Patinkin...

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  4. E quando a luz se apaga e a tela fica negra e o silêncio toma conta você só consegue pensar: o que contar agora em Homeland? A história do homem que foi convertido com a tortura e que encontra na voz de sua filha o retorno para casa foi contada na primeira temporada.

    Na segunda temos a tentativa de redenção após a descoberta, uma tentativa de recomeço, ainda torta, que termina de maneira trágica.

    A terceira temporada nos conta da perda completa da esperança, da caminhada em direção do precipício ciente de que não existe caminho depois de chegar a beirada. Apesar do meu choque e minha tristeza após este episódio final, eu também sabia que não existia outro resultado.


    Era difícil acreditar num final de paz, Carrie e Brody felizes em uma cabana com uma criança correndo e sorrindo. Era tanto peso na relação, tanta loucura para Carrie, tanto vazio para Brody que seria até ilógico chegar isso.

    E eu acho que, na verdade, o trabalho dos excelentes episódios finais desta temporada foi exatamente este: nos preparar para o pior, nos fazer sentir o vazio de esperança que ele sentia.

    Depois nos fazer entender porque ele queria que terminasse ali. Porque ele não queria que Carrie fizesse nenhuma loucura para salvá-lo. Porque ele não conseguia imaginar algum futuro para ele nos EUA – até porque ninguém no governo americano conseguiria imaginar aonde enfiar o homem a quem atribuíram a culpa por tudo de errado que tinha acontecido no último ano.

    Um episódio de um fôlego só, em que você passa do desespero de Brody tentando fugir para o desespero de Carrie por não conseguir salvá-lo. Depois a paz de Brody e a solidão de Carrie. Apesar de ser um episódio praticamente todo do Marine One, foi nos últimos cinco minutos do episódio em que pudemos ver a grandeza da atriz e tocar a solidão da personagem.

    A solidão da mulher que desenha a merecida estrela do que significou o homem que ela amou.

    P.S. Demorarei muito a entender porque os roteiristas decidiram explorar tão pouco o drama de Brody de recuperação e redenção. Era a melhor história a ser contada.

    P.S. do P.S. Saul em uma sacada aproveitando a vida após ser desligado. Esta parte acabou destoando demais do homem que passamos a conhecer tão bem nesta temporada, não é mesmo?

    P.S. do P.S. do P.S. Alguém prestou atenção como o enredo e o desfecho da família de Brody foi mal feito?

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  5. E então houve a cerimônia em memória em Langley. Claro que Brody não poderia receber uma estrela. Aos olhos dos Estados Unidos, ele é um terrorista. Mas Carrie, desafiando as ordens como sempre, desenha uma na parede de qualquer maneira, a caneta. Mais uma vez, adoraria saber o que você achou disso. Eu me preocupei em não ter o coração por não ter sido tocado por isso, mas assim que Lockhart disse não, percebi que ela iria encontrar uma maneira de fazer isso de qualquer maneira. Quem poderia prever que o legado de Brody teria sido uma estrela furtivamente rabiscada com caneta hidrocor?

    • No final, fiquei perplexo com quem sabia o quê sobre a missão. Obviamente, com Javadi na fila para assumir o comando, foi possível encobrir o envolvimento da CIA no Irã, mas alguém nos EUA sabe que Brody foi enforcado como traidor lá? Se não, como eles poderiam ter ficado quietos? Eles precisavam manter isso quieto? Socorro!

    Frase desse capítulo:
    "É o que você sempre quis. Você merece." Saul parabeniza Carrie por sua promoção. Ele claramente não assistiu à terceira temporada.

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  6. Com essa morte tão brutal, imaginei que mesmo 4 meses depois, Carrie fosse surgir definitivamente pesada. Porém, outra confirmação veio com isso, e ainda que cheia de conflitos sobre o filho, Carrie parecia inesperadamente conformada, restituída de si mesma, sendo seu bebê o símbolo de tudo aquilo que ela nunca deveria ter sido. Expurgada de Brody, só faltava expurgar-se do que restou dele. Por mais cruel que possa parecer, há uma certa beleza maldita nessa licença criativa.


    E então, no último momento, depois de aparados os exageros dos destinos mais importantes, Brody é representado por aquilo que ele sempre foi: um esboço de um título, de uma missão, de um objetivo. Sua estrela não poderia mesmo ser como as outras… Ele sempre foi melhor na visão de Carrie, nada mais justo que fosse poetizado através das mãos dela. Uma estrela de mentira para um heroi entre aspas. Um series finale disfarçado, nos prometendo uma premiere que será quase como um novo piloto. Homeland enforcou suas fragilidades… Bem-vindo mundo novo.

    Só queria dizer que adoro o que você fez com o seu canal e a atenção super perspicaz e articulada que você deu a esta série. Você é incrível. Padrão-ouro. Eu realmente amo ler todas as suas diferentes tomadas e visões sobre Carrie e sua ação / motivação / comportamento e também gosto muito de reviver a série através de suas reflexões. Eu me identifico mais com o comentário de Javadi "mais de uma coisa" e apreciei como você inseriu isso em análises diferentes. Obrigado por todo o seu trabalho árduo.

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  7. Sobre o parágrafo sobre o comportamento de Carrie depois de 4 meses após a cruel morte de Brody em que tudo o que restou dele foi ser expurgado da personagem; bem podemos ver que: Carrie é uma pessoa extremamente deprimida, e isso fica óbvio nessas cenas. A máscara obviamente se desintegra com a família dela; e sua filha(Franny) é o gatilho, porque é o vínculo final com Brody.
    Sempre foi claro para mim que Carrie era insensível às regras, agora isso não significa ser insensível à vida.

    A conversa com Quinn e sua família mostra que ela está realmente usando sua 'racionalidade' para disfarçar que está sofrendo de dor, luto, medo, tristeza e solidão!

    Eu realmente gosto da conclusão no final do final da terceira temporada, porque é inesperado. Inesperado da mesma forma que a conclusão do final da série (não vou compartilhar detalhes aqui, pois não está claro o quão avançado você está na série).

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