Como uma “consumidora” de grande número de séries, vez ou outra, me deparo nesse tipo de situação, ainda mais com séries norte-americanas (onde é relativamente comum não terminar uma obra por falta de dinheiro, audiência, ou interesse dos envolvidos na realização do seriado, aliás a audiência é a mais comum dessas), e como forma de protesto, venho dizer, desculpe a palavra, isso é uma merda, e deixa muitos fãs decepcionados.
Claro que não são todas séries sem fim que me deixaram
assim, há aquelas que gostava e assistia, mas não chegava a torcer tanto, a imaginar
os próximos passos da história, e dos
personagens, assim quando ficou com assuntos pendentes, trouxe certa tristeza,
mas não decepção.
Mas há as especiais, que me prenderam desde o início, ou
firmaram uma fase especialmente boa, sem finalizar seus assuntos. Essas, sim,
dão raiva.
Só nesse ano duas séries me fizeram passar por essa frustração,
então de certa forma, esse relato ainda pode estar sendo influenciado por elas.
Assim vou listar algumas séries do tipo (e
que eu lembro) abaixo:
Emily Owens M.D. (2012)
Série médica com certa leveza que
conseguiu me encantar, não era a mais original, nem a mais bem feita, mas tinha
seus atributos (para mim, pelo menos). Chegou ao fim prematuro com apenas 13
episódios, e com outras coisas planejadas para os “próximos” episódios que
nunca serão produzidos. Um gostinho
amargo plaina em minha boca, já que a heroína “escolheu” o amigo bonitão
deixando assuntos pendentes com o médico “fofo” e que parecia completar e valorizar
ela bem mais que o bonitão, sendo que a grande do público torcia pelo “fofo”
(inclusive eu). Se posteriormente Emily
faria a escolha certa, nunca irei ver. Assuntos de coadjuvantes, novos personagens
e outras situações também não encontraram resoluções.
Political Animals (2012)
Série excelente mostrando uma
família em volta com a política, com ótimo roteiro, personagens e atuações.
Lançada como uma minissérie, esperava-se um fim, mas o que vi, apesar de fechar
alguns ganchos, deixou a maioria dos
destinos dos personagens e histórias pendentes. O potencial para novas
temporadas era imenso, uma pena que a audiência não foi boa (apesar de muito
bem recebida pela crítica), chegou-se a cogitar uma segunda temporada, mas logo
depois foi anunciado o seu cancelamento. Uma pena, pois nunca saberei qual
destino aguardava a família Hammond, seus correlatos e os EUA.
A cura (2010)
Série brasileira de um médico com poderes de
cura paranormais, cheia de mistério e passada em Diamantina. Eu não esperava
isto da Globo, normalmente o canal finaliza suas obras, ainda mais uma que fez
sucesso, e talvez seja por isso que a
minha surpresa e decepção foi maior. Há vários ganchos não finalizados, sem
contar os acontecimentos pouco agradáveis em relação ao protagonista e outros
personagens. Mas as esperanças ainda não
chegaram totalmente ao fim, já que a Globo ainda pode fazer uma nova temporada
e finalizar a série (há especulações sobre isso). Mas de qualquer forma, o
final permanece pendente.
Moonlight (2007)
Série de um vampiro que trabalha como
investigador e surpreendentemente não é um adolescente (tudo bem foi antes
dessa febre adolescente de vampiro, kkkk).
O clima era legal, e o seu protagonista interessante e sensual. Ao final
parecia que veríamos o casal de mocinhos juntos, enfrentando as dificuldades
por ele ser um vampiro. Mas a série teve
um fim prematuro, aparentemente novos episódios seriam produzidos, mas isso
ocorreu durante a greve de roteiristas de Hollywoood e o canal decidiu não
lançar mais capítulos, triste para mim que fiquei chupando o dedo (sem cenas
românticas dos mocinhos, kkk).
Dark Angel (2000-2002)
Série de ficção científica produzida
por James Cameron e que apresentou uma primeira temporada excelente e cheia de
potencial. Infelizmente a segunda
temporada teve uma queda na qualidade e por motivos não totalmente esclarecidos
a série foi cancelada (talvez problemas relativos à audiência, qualidade,
custo, coisas na produção). Pelo menos como series finale, tivemos um bom
episódio dirigido pelo próprio Cameron.
Alguns ganchos foram finalizados (uns de forma bem corrida para falar a
verdade), mas o casal principal formado pela protagonista transgênica Max e o
jornalista rebelde Logan, continuaram com um problema grave que os impedia de
ficar efetivamente juntos.
Jack & Jill (1999-2001)
Série que mostrava um grupo de
amigos com suas desventuras e romances para se firmar na vida. O casal
principal já havia ficado junto e parecia que estava tudo seguindo na linha,
havia também um seguimento na vida dos outros personagens. Mas reviravoltas
acabaram deixando o destino de todos os personagens pendentes, dos personagens
principais (que dão nome a série) aos seus amigos. E até hoje eu não sei como
Jack, Jill e cia se revolveram.
Young Americans (2000)
Série narrando o cotidiano de
adolescentes que estudam e vivem num colégio interno de alto prestígio
freqüentado por ricos dos EUA. Bem, eu ainda era adolescente nessa época, e me
apaixonei por essa curta série e seus personagens. Vários ganchos foram deixados sem resolução,
inclusive o conturbado romance principal, e se um dos protagonistas continuaria
ou não na escola, mas a verdade é que isso nem me afetou, já que o que me
atraia na série, era um casal formado por uma garota que fingia ser um garoto,
Jake, e o rapaz de bons sentimentos e belos olhos, Hamilton, que se apaixona
pelo amigo, sem saber que ele é uma garota.
Jake e Hamilton já tinham ficado juntos, e o garoto já sabia que Jake
era mulher, mas ainda havia muitas questões pendentes, inclusive a descoberta
sobre o Jake por todo o colégio. Penso que se essa série tivesse sido lançada
nos dias atuais, ou até uns 3 ou 4 anos depois do que realmente foi, teria uma
vida mais longa.
Cintia, achei que só eu lembrava de Dark Angel e Jack & Jill. Adorava demais as duas.
ResponderExcluirMas vejo dois problemas muito comuns atualmente, tanto o cancelamento rápido, como voce citou na maioria das vzs por falta de audiência e ao mesmo tempo o excesso de temporadas em séries que já eram pra ter suas histórias encerradas, eles acabam prorrogando por conta do sucesso de audiência e acabam finalizando a série após várias temporadas e normalmente as últimas já com qualidade baixa, visto que a história já tá saturada. Um exemplo de série assim hoje seria HIMYM, eu adoro, mas acho que ela já deu oq tinha que dar.
Muito bom o post. Adorei.
Pois é, Jéssica, eu também pensava isso, principalmente com Jack and Jill, que nunca vi ninguém falar, e olha aquele final numa segunda temporada, foi bem sacana, quem sabe depois conversamos sobre elas kkk.
ExcluirO cancelamento rápido realmente é muito chato, nem da chance da série mostrar a sua historia, perderiamos muitas outras series boas se cancelassem todas as que demoram engatar, mas ate que as vezes, dão uma chance. Fringe de certa forma foi agraciada nisso.
Quanto as que alongam as temporadas em exagero e chegam a descaracterizar a historia e personagens também já passei por isso. Por exemplo, fiquei tão cheia de House que a abandonei, depois de várias temporadas e até hoje, não vi o fim da penultima e a ultima temporada. Obrigada pelo elogio e comentário.
Ótima matéria Cíntia! Eu amava Jack & Jill!
ResponderExcluirEu também gostava muito, kkk, e nunca tinha ouvido ninguém falar sobre ela, agora já são duas..... Obrigada pelo comentário e elogio.
ExcluirEu assistia no SBT, mesmo sem fim, pretendo rever ela algum dia!
ExcluirVirgínia, nem sabia que passou no SBT, assisti na Warner, eu adorava as musicas da serie também kkk.
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