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domingo, 24 de fevereiro de 2013

Cadê o final da minha série?

O que muitos esperam ao começar assistir uma série, se apegar a sua história e seus personagens? A resolução das tramas que guiam o programa, dos rumos dos personagens, dos problemas entre os casais de mocinhos (esse normalmente na forma de um final feliz compartilhado) e demais personagens. Podendo deixar uns poucos ganchos, mas com a maioria dos assuntos resolvidos. Em suma, um fim, não é?  Mas e se isso não acontecer? E se os ganhos não se fecharem?  Os problemas dos mocinhos e dos outros personagens ficarem em aberto? Resta apenas imaginar o fim...  E ficar com o vazio de uma historia não terminada.

Como uma “consumidora” de grande número de séries,  vez ou outra, me deparo nesse tipo de situação, ainda mais com séries norte-americanas (onde é relativamente  comum não terminar uma obra por falta de dinheiro, audiência, ou interesse dos envolvidos na realização do seriado, aliás a audiência é a mais comum dessas), e como forma de protesto, venho dizer, desculpe a palavra, isso é uma merda, e deixa muitos fãs decepcionados.

Claro que não são todas séries sem fim que me deixaram assim, há aquelas que gostava e assistia, mas não chegava a torcer tanto, a imaginar os próximos passos da história,  e dos personagens, assim quando ficou com assuntos pendentes, trouxe certa tristeza, mas não decepção.

Mas há as especiais, que me prenderam desde o início, ou firmaram uma fase especialmente boa, sem finalizar seus assuntos. Essas, sim, dão raiva.

Só nesse ano duas séries me fizeram passar por essa frustração, então de certa forma, esse relato ainda pode estar sendo influenciado por elas.  Assim vou listar algumas séries do tipo (e que eu lembro) abaixo:

Emily Owens M.D. (2012)
 Série médica com certa leveza que conseguiu me encantar, não era a mais original, nem a mais bem feita, mas tinha seus atributos (para mim, pelo menos). Chegou ao fim prematuro com apenas 13 episódios, e com outras coisas planejadas para os “próximos” episódios que nunca serão produzidos.  Um gostinho amargo plaina em minha boca, já que a heroína “escolheu” o amigo bonitão deixando assuntos pendentes com o médico “fofo” e que parecia completar e valorizar ela bem mais que o bonitão, sendo que a grande do público torcia pelo “fofo” (inclusive eu).  Se posteriormente Emily faria a escolha certa, nunca irei ver. Assuntos de coadjuvantes, novos personagens e outras situações também não encontraram resoluções.

Political Animals (2012)
Série excelente mostrando uma família em volta com a política, com ótimo roteiro, personagens e atuações. Lançada como uma minissérie, esperava-se um fim, mas o que vi, apesar de fechar alguns ganchos, deixou  a maioria dos destinos dos personagens e histórias pendentes. O potencial para novas temporadas era imenso, uma pena que a audiência não foi boa (apesar de muito bem recebida pela crítica), chegou-se a cogitar uma segunda temporada, mas logo depois foi anunciado o seu cancelamento. Uma pena, pois nunca saberei qual destino aguardava a família Hammond,  seus correlatos e os EUA.

A cura (2010) 
Série brasileira de um médico com poderes de cura paranormais, cheia de mistério e passada em Diamantina. Eu não esperava isto da Globo, normalmente o canal finaliza suas obras, ainda mais uma que fez sucesso,  e talvez seja por isso que a minha surpresa e decepção foi maior. Há vários ganchos não finalizados, sem contar os acontecimentos pouco agradáveis em relação ao protagonista e outros personagens.  Mas as esperanças ainda não chegaram totalmente ao fim, já que a Globo ainda pode fazer uma nova temporada e finalizar a série (há especulações sobre isso). Mas de qualquer forma, o final permanece pendente.

Moonlight (2007)
Série de um vampiro que trabalha como investigador e surpreendentemente não é um adolescente (tudo bem foi antes dessa febre adolescente de vampiro, kkkk).  O clima era legal, e o seu protagonista interessante e sensual. Ao final parecia que veríamos o casal de mocinhos juntos, enfrentando as dificuldades por ele ser um vampiro.  Mas a série teve um fim prematuro, aparentemente novos episódios seriam produzidos, mas isso ocorreu durante a greve de roteiristas de Hollywoood e o canal decidiu não lançar mais capítulos, triste para mim que fiquei chupando o dedo (sem cenas românticas dos mocinhos, kkk).

Dark Angel (2000-2002)
Série de ficção científica produzida por James Cameron e que apresentou uma primeira temporada excelente e cheia de potencial.  Infelizmente a segunda temporada teve uma queda na qualidade e por motivos não totalmente esclarecidos a série foi cancelada (talvez problemas relativos à audiência, qualidade, custo, coisas na produção). Pelo menos como series finale, tivemos um bom episódio dirigido pelo próprio Cameron.  Alguns ganchos foram finalizados (uns de forma bem corrida para falar a verdade), mas o casal principal formado pela protagonista transgênica Max e o jornalista rebelde Logan, continuaram com um problema grave que os impedia de ficar efetivamente juntos.

Jack & Jill (1999-2001)
Série que mostrava um grupo de amigos com suas desventuras e romances para se firmar na vida. O casal principal já havia ficado junto e parecia que estava tudo seguindo na linha, havia também um seguimento na vida dos outros personagens. Mas reviravoltas acabaram deixando o destino de todos os personagens pendentes, dos personagens principais (que dão nome a série) aos seus amigos. E até hoje eu não sei como Jack, Jill e cia se revolveram.  

Young Americans (2000)
Série narrando o cotidiano de adolescentes que estudam e vivem num colégio interno de alto prestígio freqüentado por ricos dos EUA. Bem, eu ainda era adolescente nessa época, e me apaixonei por essa curta série e seus personagens.  Vários ganchos foram deixados sem resolução, inclusive o conturbado romance principal, e se um dos protagonistas continuaria ou não na escola, mas a verdade é que isso nem me afetou, já que o que me atraia na série, era um casal formado por uma garota que fingia ser um garoto, Jake, e o rapaz de bons sentimentos e belos olhos, Hamilton, que se apaixona pelo amigo, sem saber que ele é uma garota.  Jake e Hamilton já tinham ficado juntos, e o garoto já sabia que Jake era mulher, mas ainda havia muitas questões pendentes, inclusive a descoberta sobre o Jake por todo o colégio. Penso que se essa série tivesse sido lançada nos dias atuais, ou até uns 3 ou 4 anos depois do que realmente foi, teria uma vida mais longa.

6 comentários:

  1. Cintia, achei que só eu lembrava de Dark Angel e Jack & Jill. Adorava demais as duas.
    Mas vejo dois problemas muito comuns atualmente, tanto o cancelamento rápido, como voce citou na maioria das vzs por falta de audiência e ao mesmo tempo o excesso de temporadas em séries que já eram pra ter suas histórias encerradas, eles acabam prorrogando por conta do sucesso de audiência e acabam finalizando a série após várias temporadas e normalmente as últimas já com qualidade baixa, visto que a história já tá saturada. Um exemplo de série assim hoje seria HIMYM, eu adoro, mas acho que ela já deu oq tinha que dar.
    Muito bom o post. Adorei.

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    1. Pois é, Jéssica, eu também pensava isso, principalmente com Jack and Jill, que nunca vi ninguém falar, e olha aquele final numa segunda temporada, foi bem sacana, quem sabe depois conversamos sobre elas kkk.
      O cancelamento rápido realmente é muito chato, nem da chance da série mostrar a sua historia, perderiamos muitas outras series boas se cancelassem todas as que demoram engatar, mas ate que as vezes, dão uma chance. Fringe de certa forma foi agraciada nisso.
      Quanto as que alongam as temporadas em exagero e chegam a descaracterizar a historia e personagens também já passei por isso. Por exemplo, fiquei tão cheia de House que a abandonei, depois de várias temporadas e até hoje, não vi o fim da penultima e a ultima temporada. Obrigada pelo elogio e comentário.

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  2. Ótima matéria Cíntia! Eu amava Jack & Jill!

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    1. Eu também gostava muito, kkk, e nunca tinha ouvido ninguém falar sobre ela, agora já são duas..... Obrigada pelo comentário e elogio.

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    2. Eu assistia no SBT, mesmo sem fim, pretendo rever ela algum dia!

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  3. Virgínia, nem sabia que passou no SBT, assisti na Warner, eu adorava as musicas da serie também kkk.

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