Postagem episódio anterior: Uh... Oh... Ah....
Somos apresentados a um episódio dividido em duas narrativas paralelas. E o bom é pensar, que uma dessas é dele, pois é, ele voltou!
Somos apresentados a um episódio dividido em duas narrativas paralelas. E o bom é pensar, que uma dessas é dele, pois é, ele voltou!
Antes de mais nada, vou comentar que um dos meus desejos
mais fortes em relação a Homeland foi
atendido. Nada de família Brody, nada de Dana! Viva! Eu já estava cansada da estória
deles.
Por outro lado, não foi somente a família que desapareceu...
Nesse terceiro episódio, apenas dois personagens do elenco principal dão as
caras: Carrie e Brody.
Ahh... A volta de Nicholas Brody, como eu sentia falta dele.
E como esse personagem deixa a trama da série mais interessante pra mim...
Sei que alguns já pedem a saída de Brody desde a última
temporada, mas o seu retorno deu um frescor a série. Pra mim, ele é um
personagem magnético, e acima de tudo complexo. E Homeland perde muito sem ele.
Assim após dois episódios sem aparecer, Brody ocupou a maior
parte do tempo desse. Nada mais justo, né? (Apesar de que quem não gosta dele
talvez não aprecie esse destaque)
É interessante vê-lo em uma situação e um lugar bem
diferente da segunda temporada. O
episódio inicia com ele na Venezuela, muito ferido, depois de levar tiros numa
emboscada.
Ele é levado para um prédio inacabado (a torre de David),
que se mostra uma espécie de favela, sem muita noção de privacidade, controlada
por criminosos armados (traficantes), habitada por tipos duvidosos (bandidos e
fugitivos), além de pessoas pobres.
Os responsáveis pelo lugar cuidam do pretenso terrorista e
ele entra num período de recuperação, onde luta pra reestabelecer suas forças.
Inicialmente não dá para sacar quais são as reais intenções
dos personagens a sua volta. Há uma recompensa de 10 milhões por Brody, e
talvez, eles estejam interessados em entregá-lo.
Mas em certo ponto, entende-se que o líder da quadrilha não
irá fazer isso. Ele aparentemente está “protegendo” o ex-sargento por um favor
que deve a Carrie. Protegendo dele próprio inclusive...
Brody até fala o nome dela algumas vezes (e nada sobre sua
família), como se Carrie pudesse salvá-lo da situação desagradável em que vive.
Coitado, ele não sabe que ela também está “presa”.
E à medida que se recupera e convive com Esme (a filha do chefe
do bando, e de certa forma também o seu captor, o que lembra Isa), ele
começa a lutar pra sair do lugar. Um lugar muito parecido com seu cativeiro no
Iraque.
Ainda mais depois da
sua tentativa de fuga fracassada, onde ele quase acaba sendo capturado pelas
autoridades venezuelanas, depois que o Imã de um templo onde ele procurou refúgio
o denuncia : “Você não é mulçumano. É um terrorista”!
Claro que os bandidos “resgatam” Brody e de quebra matam todos
no templo (até a esposa do Imã)... Assim Brody se vê mais uma vez vivo, com
mortos em seu caminho, numa cela muito parecida com o buraco que viveu no
Iraque.
Ele novamente se vê prisioneiro de homens violentos e dúbios. Tenta se manter íntegro, ser verdadeiro com
seus ideais, mas é difícil nesse mundo cão. E se sente perdido, “restando” drogas para
aliviar sua dor...
Mas verdade seja dita... Brody é o terrorista mais procurado
do mundo, não iria conseguir um lugar tranquilo, com pessoas boazinhas e
honestas pra viver em segurança mesmo. Só me pergunto como essa situação vai
evoluir, e qual será a sua participação na trama da série. Pois por mais que
pareça complicado sair desse novo buraco, eu não acredito que a história
central de Homeland prosseguirá sem ele se envolver diretamente.
A outra trama é a de Carrie, que também se vê presa... no sanatório e dessa vez contra a sua vontade.
Ela espera que alguém a “salve”, ou seja, que a tire desse local onde ela não
pertence.
Após 3 semanas, ela tenta seguir o protocolo, mentir pro
psiquiatra, se mostrar equilibrada, fazer casinhas de palito de picolé. E
espera ansiosamente a visita de Saul... Que pra ela, é o único com o poder de
libertá-la.
Mas ao mesmo tempo, essa espera infrutífera, mexe com seus
sentimentos mais profundos... No caso a raiva, a sensação de injustiça,
impotência... O que traz um desequilíbrio pra ela, e muita dificuldade de se
controlar.
E nesse momento, ela recebe uma visita de um homem, mas não
o que esperava, um advogado que se propõe a tirá-la de lá...
Só que por seu discurso, Carrie percebe que há alguém por
trás dele. Possivelmente algum inimigo
dos Estados Unidos...
E aí Carrie mostra os seus ideais, pois apesar de taxada
como louca... Ela está ciente... Ela nunca trairia o governo, nunca entregaria
informações ao inimigo. Ela não é assim (comentei sobre isso na review
passada). Não é uma traidora!
Só que ao mesmo tempo, ela abdica da chance de sair do lugar
da qual ela tanto quer sair... E como Brody também se entrega as drogas, que no
caso dela, são receitadas.
Brody e Carrie vivem momentos similares de desesperança.
Prisioneiros de situações que já viveram, e que por suas próprias pernas
acabaram voltando, e estão mais desesperados pra sair... Mas dessa vez, parece mais
complicado...
Ainda que se sinta
falta do jogo de cão e gato vinculado à espionagem. Esse episódio foi forte no
sentido de abordar os personagens principais, ambos em situações tensas e se
afundando mais no desanimo. Algo que
parece sem solução... Por assim dizer, foi deprimente, pois chegaram ao fundo
do poço. E se supõe impossível sair dele...
O que deixa um sentimento de impotência e tristeza no ar.
Só que eu já aprendi que em Homeland não há situações
impossíveis. Há sempre uma maneira de dar a volta por cima. E normalmente essa volta tem muito mais sabor
depois ter chegado ao fundo do poço, não?
É uma vitória bem maior após pensar que não há solução.
E embora o clima triste impere, é claro que há um
caminho. Fico pensando sobre esse
advogado e seu “sócio”, quem são e quais são suas reais intenções? E referente ao
Brody, quais são a intenções do seu salvador/captor? Será mesmo que como foi
dito, ele morrerá naquele novo buraco?
Bem, o episódio pode não ter tido aquele clima bom como alguns
esperavam (acho que até eu gostaria de um momento de alívio). Mas esse novo
foco mexeu com os meus sentimentos, me fez imaginar o que aconteceria a seguir,
me deixou pensando em possibilidades, houve acontecimentos intrigantes e com
potencial... E assim já comecei a vislumbrar a velha Homeland de volta. E não é
só isso, somente pelo retorno de Brody e pela ausência da sua família (kkk ) já
gostei ... Tenho boas expectativas para o próximo, e continuo ansiosa pelo
momento da virada dos nossos protagonistas.
Próximo Episódio
Próximo Episódio
Nenhum comentário:
Postar um comentário