Este
texto foi escrito originalmente para o blog manicômio series: Uma espiã
num lugar hostil lutando para ter uma vida e não perder sua humanidade.
La
Femme Nikita é uma série canadense que foi exibida entre 1997 e 2001,
contando com 96 episódios divididos em 5 temporadas. Provavelmente
muitos nunca ouviram falar dela (pois além de antiga, é pouco
comentada), outros conhecem por causa da série “Nikita”, que é uma
releitura do seu universo, alguns espectadores mais antigos do mundo das
séries, podem lembrar-se de terem visto um episódio ou outro, e poucos
foram (ou são) fãs dessa série. Eu faço parte desses últimos, ou talvez
de uma parcela mais reduzida ainda, pois sou uma fã apaixonada (e
viciada) de La Femme Nikita e a amo até hoje.
La
Femme Nikita, de certa forma, foi uma inovação e ao mesmo tempo uma
aposta arriscada. O canal USA queria um novo produto, e recebeu a
proposta. Uma série de ação protagonizada por uma mulher trabalhando
para uma organização internacional anti-terrorista e ultra-secreta.
Ação
não era um gênero muito ligado ao público feminino (foi antes de Alias,
sendo que essa na época da sua estréia chegou a ser chamada de mistura
de La Femme Nikita com Felicity), e por sua protagonista pode-se notar
que parte do público alvo eram as mulheres. Mas talvez outra visão de
mulher: inteligente, independente, e com opinião.
E
assim surgiu a série, que foi bem sucedida, se consolidando como o
produto de maior audiência do canal a cabo nas suas duas primeiras
temporadas, e até aumentando o número de espectadores.
Na
época em que bate-papos e discussões sobre séries estavam em seus
primórdios na internet, funcionários ligados a LFN além de irem a
reuniões presenciais com os fãs, também participavam de fóruns da web
para entender o seu público, sua vontade, o que funcionava e até acatar
as sugestões mais interessantes.
Houve
até uma campanha online em 2000 (da qual participei), Save LFN, para a
série não ser cancelada depois do final “devastador” da quarta
temporada. Após conseguir 8 episódios para finalizá-la, teve uma segunda
etapa para a volta do ator Roy Dupois (Michael). No fim, Michael acabou
aparecendo em 3 episódios.
A história, Nikita e Michael
Nikita
vive nas ruas e ao testemunhar um assassinato é acusada pelo crime e
sentenciada a prisão perpétua. Essa é a principal diferença da história
em relação á trama do filme francês que originou a série, a inocência de
Nikita. E particularmente gostei, pois reforça a sensação de injustiça
da protagonista.
Ela
acorda na Seção 1, organização que forjou seu suicídio, e recebe duas
opções, morrer ou trabalhar para eles. A heroína se revolta, mas acaba
aceitando ser treinada por Michael.
Aliás,
Michael já causava, e a química entre eles era evidente. Sendo que um
dos principais assuntos da série acaba se tornando o relacionamento dos
dois.
Michael,
que era mentor de agentes e líder de missões, conseguiu se tornar um
dos personagens mais interessantes que já vi. Inicialmente aparece como
um operador (os agentes são chamados assim) quase perfeito, frio,
ambicioso, manipulador, eficiente, dúbio/misterioso e sensual.
Mas
sua aproximação com Nikita acaba se tornando seu principal ponto fraco
para a organização, e que contraditoriamente lhe dava uma grande força e
vontade de viver. E ele ainda era do tipo que se mostrava mais por suas
ações do que com palavras.
Nikita
fazia um contraponto a ele, rebelde, verdadeira, passional, resistia em
aceitar que os sentimentos deviam ser suprimidos. Ela não era uma
assassina e nunca gostou de se tornar uma. Se manteve cheia de
determinação, mesmo sendo obrigada a matar, enganar e cometer outros
atos desprezíveis para uma organização onde os fins justificam os meios.
Seu
maior sonho era ser livre, ter uma vida normal com amigos, paixões e
quem sabe uma família. Um sonho bem distante, já que a Seção 1 reprimia
qualquer tipo de sentimento dos agentes, além da idéia de vida própria,
considerando-os como falhas, pois a vida deles devia ser somente o
trabalho.
E
é engraçado pensar que com o decorrer da série e evolução dos
personagens, Michael e Nikita parecem absorver parte do jeito do outro,
com ele se tornando mais passional, e ela mais objetiva, e até cometendo
atos totalmente impensados no inicio.
Outros personagens
Além de Michael e Nikita, havia mais 4 personagens fixos:
Operations,
ou Paul Wolfe, era o comandante da Seção 1. Inteligente, frio,
ambicioso. Ele não se importava com a ação necessária para atingir seus
objetivos. Em raras ocasiões demonstrou sentimentos genuínos com
outros personagens como Madeline, Walter e outros, além de mostrar que
também tinha desejos e vontades humanas, apesar de vis.
Madeline
era a psicóloga e braço direito de Operations (além de amante dele).
Para mim, era a pessoa mais fria e calculista da série, já que
demonstrou muito poucos sentimentos, apesar de ter se mostrado fiel a
Operations. Mas em relação aos outros agentes, ela os manipulava como
ninguém, além de parecer adorar o jogo psicológico que fazia. E diversos
dos planos mais complexos e cruéis foram idéias dela.
Birkhoff
era o responsável pelos computadores, o mais novo de todos e um dos
cúmplices do casal principal. Era um gênio, apesar de inseguro,
bondoso, também possuía uma história triste.
Walter
era o responsável pelas armas, sendo o mais velho dos personagens, com
jeito hippie e doce, ele se tornou um dos maiores cúmplices de Michael e
Nikita. Em certas situações também ajudou Birkoff e até mesmo
Operations. Talvez por ser um dos agentes mais antigos, ou por uma
ligação com o chefe, teve diversos atos seus relevados (coisas que
fariam qualquer agente serem cancelados, ou, seja, mortos).
Os episódios
A
maioria dos episódios tem caráter procedural misturado com o
desenvolvimento da história central, começando com um caso da semana (um
inimigo ou grupo terrorista), e evoluindo a trama daí. Fora isso, há a
narrativa de alguns arcos.
No
piloto, após seu treinamento, Nikita é submetida a uma missão com pouca
chance de sucesso, ao completá-la, passa a viver fora da organização e
usufruir o status de agente.
O
seu problema inicial é a dificuldade em matar, já que ela deveria ser
uma assassina profissional, e sem essa capacidade, seria cancelada. Na
primeira vez, ela acaba matando para salvar a vida de Michael, passando
assim a matar em defesa própria ou de outro.
Nikita também busca ter uma vida “verdadeira”, mesmo que várias tentativas suas se mostrem frustradas.
Assim,
ela acaba se tornando amiga da sua vizinha, Carla. Em outra fase arruma
um namorado civil, Gray, com quem é obrigada a terminar devido à
pressão da Seção 1.
Sobre seu passado, mostram que foi expulsa da casa pela mãe bêbada por causa do padrasto que batia e não gostava dela.
Há
também seu relacionamento com Michael, e o jogo de sedução perpetrado
por ele. Diversas vezes, ele mente e a manipula para conseguir algo
dela.
O
que não sabemos exatamente são as reais motivações dele. Pois suas
ações escusas também serviam para protegê-la, como quando ele a convence
a não fugir da organização (um teste já que a Seção sabia do plano de
fuga), ou até terminar com Gray para preservar a vida do namorado.
Ele
também a manipula para enganar inimigos, como quando ambos são
capturados e torturados, ele se declara e faz uma “confissão” com
objetivo de ela passar informações ao torturador.
Só que em várias situações ele parece se importar verdadeiramente com ela.
Michael era casado com uma agente, Simone, supostamente morta, mas que fora capturada por inimigos (e então morre de verdade).
Já
Operations foi soldado no Vietnã, e tem um filho, Steven, que se tornou
criminoso e ele acaba protegendo-o com a ajuda de Nikita.
No
season finale, Nikita chega ao limite após não conseguir matar um
inocente. Ela está desiludida, não podendo cumprir certas ordens, viver
sem liberdade e com a ausência completa de uma vida de verdade.
Sem
seu conhecimento, ela é mandada para uma missão suicida, Michael a
avisa e a ajuda fugir. Ela vai embora da organização, sem ninguém saber,
até mesmo ele, que não tem certeza se ela escapou.
Na
segunda temporada, após 6 meses livre, inimigos capturam Nikita, ela
foge, e acaba salvando Michael de uma emboscada. Enfim, ele descobre que
ela está viva, e como não estava conseguindo viver bem sem ela, vai ao
seu encontro.
Os
dois passam a sua primeira noite juntos e Michael a convence a voltar
para agência, com ele forjando seu paradeiro como prisioneira nos
últimos meses.
Nikita
volta e sua “reabilitação” é feita por Jurgen, que havia treinado
Michael. Enquanto, ela se desilude com o segundo, pois esse não parece
disposto a mostrar o sentimento de ambos. Ela se aproxima do primeiro,
que parece ter um trunfo que o permite ter regalias na seção.
Jurgen
não consegue manter o seu trunfo por mais tempo, acaba morrendo para
completar uma missão, e até poupa a vida de Michael.
Depois
há poucas situações românticas entre Michael e Nikita. Mas a questão da
confiança entre eles parece melhorar. O jogo de manipulação não foi
mais tão constante. Nikita pareceu compreender o jeito dele, e confiar
mais, e ele nela, tendo conversas, trocando conselhos, servindo de apoio
ao outro e sendo cúmplices em alguns pontos.
A
carreira de Nikita evolui: ela comanda sua primeira missão, toma uma
decisão sobre outra agente, e até se torna o braço direito do Operations
substituto quando o primeiro é baleado.
Já
Michael, antes da Seção, era um estudante rebelde e fazia parte de um
grupo terrorista francês, tendo inclusive uma irmã e um sobrinho que
observa de longe.
Operations sofre um atentado, mas Madeline com seu jeito sinistro faz os médicos fazerem o “inimaginável” para salvá-lo.
Walter
casa com Belinda, uma agente que esperava cancelamento, e pouco depois
ela morre, deixando o velho hippie de coração partido.
Aparece o marido de Madeline que foi “afastado” por Operations, sem ela saber, mas após seu retorno, ela acaba matando-o.
O
final da temporada nos apresenta Adrian, a fundadora das Seções (são
mais de uma). Ela sai do limbo por achar que a Seção 1 ultrapassou suas
atribuições e quer tirar Operations do poder. Ela atrai Nikita, usando
Carla (a amiga), que na verdade era uma agente sua.
Adrian
pede ajuda para tornar o lugar mais justo e voltar as suas funções
imaginadas (um dos fatores contestado por ela, era a organização usar
suas capacidades para colocar no poder certos líderes políticos, um
deles era o próprio Saddam Hussein!).
Descobre-se
que Nikita estava trabalhando com Operations, e eles conseguem prender
Adrian. Mas antes, ela faz o chefe convencê-la que tais ações da Seção 1
são corretas, e que estão fazendo o bem maior.
Na
terceira temporada, há, para mim, a primeira grande escorregada na
trama. Descobrimos que Michael tem uma esposa, Elena e um filho pequeno,
Adam. Ambos civis.
Essa
família é resultado de uma missão para atingir o pai de Elena, um
inimigo que vive escondido e fora do alcance da seção. E Michael há anos
desempenha o papel de um homem comum.
È
difícil engolir que Michael com suas dificuldades sentimentais (frieza,
problemas em demonstrar sentimentos) tenha permanecido por tanto tempo
como um pai amoroso e marido perfeito. E ainda passando por perdas que o
abalaram completamente nesse período, a primeira com Simone, e depois a
fuga de Nikita, que ele achava que morrera.
E
esse lado sentimental poderia até ser entendido se não houvesse outros
fatores. Como Michael, que parecia estar sempre presente na organização,
saia em diversas missões que demandavam dias de dedicação exclusiva,
tinha tempo de conciliar a família, justificar tantas ausências e ainda
parecer alguém tão normal?
Como
Operations o tratava como descartável se ele ainda tinha uma missão a
cumprir: não querendo resgatá-lo em uma ocasião, deixando-o sozinho em
situações arriscadas e até planejando o seu cancelamento quando ele não
apresentava um bom rendimento. Não seria muito lógico, já que perderiam
anos de trabalho.
Mas
tirando as incoerências, a vida familiar de Michael estava chegando ao
fim, já que a seção envenena Elena, obrigando o pai aparecer. Michael o
mata, completando sua missão, e para sua família, ele também é
assassinado.
Após
“perder” a família, Michael acaba encontrando sua vontade de viver em
Nikita, seu relacionamento com a protagonista parece ser a única coisa
verdadeira que resta a ele.
A
mãe de Nikita aparece recuperada do alcoolismo e arrependida do que
fizera a filha. Ela não acredita que Nikita tenha morrido, e tenta
encontrá-la. Com medo do que a Seção possa fazer com sua mãe, Nikita
pede ajuda a Michael para ter uma espécie de reconciliação e despedida
dela.
A
localização da seção 1 é descoberta (ficava em Paris), eles acabam
explodindo local antigo e arrumando um novo lugar para a agência.
Na
fase final da temporada, Michael resolve assumir seu romance com
Nikita. E eles passam a mostrar abertamente que estão juntos. Coisa que
não agrada seus superiores. Que além de rebeldia, viam os dois juntos
como uma dupla muito poderosa, com força e ambição suficiente para tomar
o poder da organização no futuro (impressão reforçada pelo curto
período em que Michael assume o comando da organização e é bem sucedido
com Nikita ao seu lado).
Vendo
a ameaça dos dois, Madeline e Operations ordenam uma separação. Com a
recusa do casal. Eles rebaixam Michael, fazendo-o passar por situações
humilhantes, e de risco, além de ocorrer mortes e falhas em missões por
causa da incompetência dos novos responsáveis por elas.
Nikita
não agüenta ver o que isso causava ao ego de Michael, além das perdas
humanas e problemas na Seção e tenta terminar com ele. Mas os dois
continuam se encontrando em segredo, e contando com a ajuda de Walter
nisso.
Após
um tempo, Madeline e Operations descobrem sobre os encontros e resolvem
tomar uma atitude mais drástica. Fazem Nikita passar por um processo,
um tipo de lavagem cerebral que obteria agentes perfeitos, anulando seus
sentimentos e criando pessoas apenas empenhadas em terminar as missões.
Nikita perde sua capacidade de amar e sentir compaixão e com isso até mesmo “esquece” o seu amor por Michael.
Na
quarta temporada, vemos Michael deixando de lado suas ambições e
arriscando sua vida ao se tornar o inimigo n. 1 da seção somente para
conseguir sua amada de volta (muito fofo!).
Aliás Nikita parece um robô, sem expressão e pronta a seguir as ordens cruéis da agência, além de tentar até enganar Michael.
Ele
acaba sendo caçado com empenho pela organização, e se mostra tão sagaz
que consegue até mesmo invadi-la, ameaçá-la, conseguir informações e
levar pessoas dela sem ser capturado. Chega a contar com ajuda velada de
Walter e Birkhoff, mas era quase que um homem sozinho contra uma
organização inteira!
Michael
descobre que a primeira paciente da lavagem cerebral foi Adrian, e como
reverter o processo em Nikita. Ele captura a amada e age à força.
Nikita
retoma a sua capacidade de sentir, voltando a se relacionar com
Michael, mas talvez algo do processo restava, já que suas expressões e
ações, parecem mais frias.
Ainda
há mais uma tentativa de separação do casal com Nikita numa missão onde
ela se casa com outro e até cria vínculos com seu marido. Mas isso
acaba logo, depois que descobre que seu esposo era um espião de outra
organização.
Descobrimos
que Birkhoff era filho de uma falecida agente da seção 1. Ele e seu
rmão gêmeo, Jason, participaram de um experiência. Enquanto ele cresceu
dentro da Seção, Jason fora criado por uma família normal. Walter é quem
acabou escolhendo qual gêmeo ficaria e qual não.
Birkhoff
chega a conhecer o irmão, mas pouco depois morre para salvar a agência
de uma máquina com inteligência artificial que ele próprio havia criado.
Seu irmão é capturado pela Seção, e é obrigado a se passar por ele.
Ainda mostram a interação da agência com outras 2 outras Seções, a 12 e a 8.
Ao
final da temporada, Nikita consegue fugir com a ajuda de uma
organização terrorista. Ela volta e convence Michael a ir com ela (como
seria bom se a série terminasse aí..).
Mas
ambos são capturados, e é emitida uma ordem de cancelamento para ela.
Entretanto sua morte é evitada quando o Centro, uma organização superior
e responsável pelas seções, toma o controle.
Revelam
que Nikita estava trabalhando infiltrada para o Centro, vigiando e
analisando os agentes da Seção 1. Como assim??? Sim! Nikita era uma
fingida e traidora há 3 anos.
E
novamente a série escorrega geral em sua trama, sendo essa até pior do
que a da família de Michael. Por uma reviravolta que ninguém esperava,
eles literalmente chutaram o pau da barraca, e desconstruíram a nossa
protagonista e todas as situações que ela viveu desde a sua primeira
fuga da seção 1.
Como
Nikita conseguiu enganar agentes inteligentíssimos (e até o público)
durante tanto tempo e com todas as situações vividas incluindo até uma
lavagem cerebral? Como alguém tão guerreiro e verdadeiro agiu de maneira
tão falsa e traiçoeira? Então naquelas situações em que se sentia
traída, injustiçada e manipulada por Michael e pela Seção, ela estava
sendo hipócrita?
Foi
completamente sem base, pois eu via as reações dela e a série seguia o
seu ponto de vista, e ela não traiu somente seus companheiros, mas
também a mim (kkk),
Preferi
pensar que a culpa não era da personagem e sim dos roteiristas imbecis
que tiveram essa idéia (kkk), sendo que até alguns deles não conseguiam
explicar quem Nikita era depois disso (*).
Após
a grande revelação, Nikita se mostra pronta a decidir o destino de
todos da Seção. Operations é mantido no poder apesar de vigiado. A
verdadeira identidade de Jason é revelada, e ele continua na
organização. Walter perde seu cargo na Seção e é transferido para um
lugar menos importante. Madeline se suicida antes de receber a decisão
de Nikita.
E
Michael? O que aguarda o grande “amor” da protagonista? Ele é mandado
em uma missão suicida. Mas em vez de morrer, Nikita o ajuda a escapar,
não sem antes dizer que nunca o havia amado e ele “chorar” uma lágrima
de sangue. Pelo menos algo bom: essa cena é belíssima, uma das mais bonitas da série.
E esse seria o fim de La Femme Nikita, se não fosse os fãs. Ainda bem!!!
Na
quinta temporada, Nikita é incumbida de supervisionar Operations
enquanto enfrenta uma grave ameaça, vários grupos terroristas se reúnem e
formam o Coletivo que quer destruir a Seção 1. Até Walter acaba
voltando para ajudar.
Ela
descobre que é filha do Sr. Jones, o verdadeiro comandante do Centro
(por isso executaram o assassinato testemunhado por ela, para
recruta-la), e seu pai quer que ela trilhe um caminho no poder,
começando como Operations da Seção 1.
As
ações cada vez mais ousadas do Coletivo, incluindo uma tentativa de
assassinato de Operations, fazem suspeitar que alguém esteja passando
informações aos terroristas.
Descobrimos que o informante é Michael e ele acaba usando sua aproximação com o Coletivo para voltar a Seção 1.
Nikita
confessa que mentiu sobre seus sentimentos. E os dois voltam a ficar
juntos. Sendo que ele tenta convence-la a ir embora e longe de lá
construir uma vida normal com ele.
Os
planos dos dois são interrompidos quando Adam, o filho de Michael, é
seqüestrado pelo Coletivo que querem o Sr. Jones em troca.
Antes
disso, Operations tenta impedir o seqüestro de Adam, e apesar de ter
objetivos escusos com essa ação “heróica”, penso que ele acaba morrendo
de uma forma redentora, já que o faz, tentando salvar uma criança.
Sr. Jones se entrega por Adam, sendo assassinado, mas antes faz Nikita prometer que se tornará Operations.
Michael vai embora com o filho, mas insinua que quando o garoto não precisar mais dele, voltará para Nikita.
Nikita
termina sozinha, e comandando a Seção 1, enquanto Michael de certa
forma, havia conseguido o que ela mais sonhava em ter: uma vida normal
longe da espionagem. Um fim triste, mas consistente com o mundo cão de
La Femme Nikita.
Conclusão
La
Femme Nikita teve grandes defeitos em sua narrativa, como
acontecimentos e reviravoltas sem base, mas conseguiu preservar o meu
vício com sua história densa (apesar de alguns episódios e soluções
equivocadas), bons diálogos, e principalmente os seus personagens bem
construídos e complexos, que mesmo evoluindo não traiam a sua proposta
inicial. No caso de Nikita até traiu, mas colocando parte da sujeira
atrás da porta (kkk), ainda consigo entender cada personagem. Assim, não
foi uma série perfeita, mas com certeza, é uma que merece ser vista e
que eu amo.
Informações Extras
(*)
No livro Inside Section One, o próprio Michael Loceff diretor executivo
de roteiro e roteirista de La Femme Nikita, não conseguiu conciliar as
ações de Nikita após a quarta temporada, até parece que como eu, ele
tenta esquecer o ela fez ao descrever seu perfil psicológico, como
mostra o trecho traduzido: “Nikita foi a personagem perfeita para
escrever, porque ela teve que fazer algo que era contra a sua natureza,
ela teve que permanecer viva, [mas] ela não queria necessariamente
permanecer viva por que tinha medo da morte. Eu acho que ela viu a
angústia no mundo e queria reduzi-la. Ela queria fazer o bem, [mas] se
morresse não conseguiria fazê-lo. Ela realmente detestava a organização
em que se encontrava, mas ainda, em um nível básico, acreditava nas
mesmas coisas que a organização. Mas isso, claro, foi antes da quarta e
quinta temporadas, quando seu papel e suas razões de estar na Seção
foram revelados ser diferentes dos que pensávamos que eram”.
*
O título de todos os episódio da série tem o mesmo número de palavras
que o número da sua temporada, os da primeira temporada, 1, da segunda 2
e assim por diante.
*
Uma das falhas mais visíveis é a baixa qualidade dos efeitos especiais,
principalmente em relação às cenas de explosão. Acontece que o
orçamento era baixo, e além de aproveitar cenários, figurinos e cenas,
eles também economizavam nas técnicas dos efeitos.
*
Na segunda temporada, começou aparecer em certas cenas, em segundo
plano um homem de cavanhaque (Goatee Man), assim como observador de
Fringe, fãs também perceberam e passaram a procurá-lo. No fim da
temporada, descobriu qual era o objetivo dele.
* Alguns envolvidos em LFN se reuniram novamente e fizeram outra série de espionagem, que é bem mais conhecida, 24 horas.
* Alberta Watson que interpretou a Madeline em La Femme Nikita, apareceu em “Nikita” com uma personagem de mesmo nome.
Soy una gran admiradora de esta serie y la verdad no me gusto el hecho de que la cancelaran! La verdad creo que por mas que hagan otras series con el mismo nombre y personajes nunca van a poder lograr el impacto de la primera. Tanto Peta como Roy han interpretado de una manera escepcional a sus personajes, y no creo que nadie pueda superarlos o parecerceles! Ojala algun dia pudieran lograr reencontrar a estos actores nuevamente para volver a verlos en la pantalla! Ya que el final de la quinta temporada ha sido dejado como una suerte de interrogante! Nikita como operaciones y Michael teniendo una segunda oportunidad para criar a su hijo! Quien sabe, quizas podrian partir de ahi para lograr una nueva Nikita y que todos los fanaticos puedan volver a verlos juntos!!!! Ojala algun dia suceda! Gracias por La Femme Nikita! Saludos!
ResponderExcluirLa Femme Nikita realmente é uma série marcante, lembranças de adolescência que não voltam mais para mim. Roy e Peta inesquecíveis, seria um sonho vê-los contracenando juntos novamente
Excluir❝Na terceira temporada, há, para mim, a primeira grande escorregada na trama. Descobrimos que Michael tem uma esposa, Elena e um filho pequeno, Adam. Ambos civis.
ResponderExcluirEssa família é resultado de uma missão para atingir o pai de Elena, um inimigo que vive escondido e fora do alcance da seção. E Michael há anos desempenha o papel de um homem comum.
È difícil engolir que Michael com suas dificuldades sentimentais (frieza, problemas em demonstrar sentimentos) tenha permanecido por tanto tempo como um pai amoroso e marido perfeito. E ainda passando por perdas que o abalaram completamente nesse período, a primeira com Simone, e depois a fuga de Nikita, que ele achava que morrera.
E esse lado sentimental poderia até ser entendido se não houvesse outros fatores. Como Michael, que parecia estar sempre presente na organização, saia em diversas missões que demandavam dias de dedicação exclusiva, tinha tempo de conciliar a família, justificar tantas ausências e ainda parecer alguém tão normal?❞
Se nao me engano, vi isso em algum wikia talvez, essa relação do Michael com essa Elena foi planejada pela Seção 1
Foi sim, mas é que por esses problemas acima é meio difícil engolir. Inclusive Michael em mais de uma vez nesse período esteve prestes a ser cancelado. Se ele tinha um missão importante em andamento que não poderia ser substituído facilmente por outro, como quase foi cancelado? Enfim, típico de reviravolta de última hora que acaba fazendo um buraco na trama.
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